BRASIL 2012

Apesar das turbulências políticas no mundo árabe e crise econômica no continente europeu as expectativas para o Brasil em 2012 são semelhantes as do ano de 2011, com um pequeno crescimento econômico e mantendo o mercado de trabalho. O movimento da queda dos juros vai continuar até quando se garanta um patamar confortável na valorização da nossa moeda. O governo Dilma deve continuar com seu investimento social, na busca de incluir os 17 milhões de miseráveis que ainda vivem na pobreza extrema. Os programas de governo garantem mais dinheiro circulando e menos violência.

Vamos para um ano eleitoral, em que os embates serão travados nos Municípios, mas será o suficiente para que as necessárias reformas novamente não aconteçam. Com certeza, não haverá ambiente para o Congresso Nacional implementar as regulações políticas, tributárias e sociais que a sociedade tanto chama. Talvez só uma Constituinte possa garantir estas conquistas. Na verdade, o principal desafio vai se concentrar nas crescentes demandas corporativas que alcançam o público em geral, resignado, pela impotência de dar um basta a sangria desenfreada do Estado. Pioram os serviços e aumentam os salários. É um movimento sem fim.

Da mesma forma, os pisos mínimos para aquelas categorias mal remuneradas e merecedoras de melhores vencimentos não acontecem. Faltam sempre recursos. De outra parte, com a crise global há uma expectativa de que os gastos públicos vão ser contidos e ao mesmo tempo o mercado vai contar com a liberação de recursos dos governos para os programas e projetos que poderão injetar somas significativas em beneficio do comércio e da indústria. Mas, ao que tudo indica, mais uma vez o que vai garantir o nosso espaço de crescimento é o agronegócio que terá safra abundante e valorização dos produtos no âmbito mundial.

É com o fortalecimento de uma posição de liderança na América Latina e a emergência que o mundo vem reconhecendo o nosso país. Assim vamos qualificar a nossa posição no comércio global, garantir investimentos internacionais, bem como participar da agenda ambiental e de direitos humanos. Pelo que estamos observando, com os fluxos recentes do capital vai ser possível alterar o interesse especulativo dos investidores a curto prazo, para aplicações em obras e empreendimentos de longo prazo. Vamos continuar a abrir o Brasil para a globalização, mas garantir e estimular o setor produtivo local e nacional, especialmente o direcionado para as nossas vocações e as inovações tecnológicas. Ainda temos aqui espaços inexplorados que conjugados com nossas potencialidades são muito atraentes para quem tem capital a investir. Será um bom ano, mas sem euforia.

Com muita atenção do governo à política macroeconômica e o adequado controle de seus gastos. Mas, sem abrir mão do crescimento, para garantir oportunidades e a melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro. É o grande momento do setor privado brasileiro, estimulando o mercado interno, gerando emprego, aproveitando as oportunidades de fluxo positivo de recursos e desenvolvendo parcerias. Enfim, com idéias e soluções que os mercados desenvolvidos não conseguirão implementar por absoluta falta de crescimento econômico e limitação nas políticas públicas.

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