Coordenadores discutem a greve dos servidores da Unipampa

Reunião, ontem, no campus da Unipampa em Sant’Ana do Livramento, definiu proposta de novo calendário que será apresentado ao comando de greve na próxima semana

Reunidos na Unipampa em Livramento, coordenadores dos dez campi e a Pró-Reitora discutiram o novo calendário

Alunos, professores e técnicos vivem momentos decisivos na Universidade Federal do Pampa, especialmente em Sant’Ana do Livramento, local para onde convergiram os dez coordenadores do campi da instituição instalada no Estado. Durante boa parte da tarde de ontem, um novo cronograma foi preparado com datas alteradas do calendário em uma proposta preparada conjuntamente entre os coordenadores e a pró-reitora de Graduação, professora Lúcia Helena do Canto Vinadé. “Estivemos reunidos com os coordenadores ou representantes da área acadêmica de cada um dos campi para discutir a possibilidade de ter um mínimo de prejuízo para os alunos. Estamos fazendo uma proposição de calendário acadêmico para que as aulas iniciem o mais breve possível. Já no dia 15 de agosto, como previsto anteriormente, se sabe que não haverá condições, mas esperamos que no fim do mês de agosto as coisas já estejam normalizadas e os alunos em aula normalmente. Não houve matrícula até agora, o que inviabiliza o reinício das aulas, uma vez que esta é de responsabilidade dos técnicos. Tentamos negociar com o comando de greve, alegando que as matrículas fossem consideradas serviço essencial, mas em um outro momento não foi acatado”, destacou ela.

Novo calendário

Lucia Vinadé, Pró-Reitora de Graduação da Unipampa

A Pró-Reitora disse que pela nova proposição, as aulas iniciariam entre os dias 22 e 29 de agosto. “O término não terá mais como ser em dezembro, mesmo usando os sábados como dia letivo. Temos que ter, no mínimo, cem dias letivos, o que nos leva a crer que o ano letivo se estenderá até janeiro”, disse ela. Ao ser questionada sobre a possibilidade de cancelamento do semestre, Lucia Vinadé disse não acreditar nessa possibilidade. “Estamos negociando para que haja o menor prejuízo possível do alunos. Reconhecemos a greve e o direito dos servidores, mas estamos trabalhando da mesma forma que o comando de greve. Vamos entregar a nossa proposta para o comando de greve, com o qual estamos mantendo contato frequente. Vamos tentar sentar com o comando na segunda-feira para apresentar a proposta a eles, e minha expectativa é otimista, porque estamos fazendo o possível dentro de uma negociação que tem que ser muito bem feita”, afirmou ela.

Grevistas

Para o representante da categoria, Sandro Burgos, delegado do sindicato eleito pelos servidores, a determinação para discussão com o comando geral de greve é para encontrar uma maneira de equalizar a questão das matrículas para reduzir os prejuízos. “A greve continua, e todos estão conscientes. Sabemos que existe um trabalho do Prograd – Pró-Reitoria de graduação – para a questão das matrículas. Vamos discutir esse tema em assembleia”, afirmou ele. Sandro Burgos disse que a categoria está atenta às negociação e irá analisar as propostas que serão encaminhadas pela Pró-Reitoria. “Os colegas não querem vivenciar os anos de congelamento e o governo está intransigente. A greve está mantida, mas não deve demorar por muito tempo, porque acreditamos que as negociações vão ser abertas. Acho que a greve está perto do seu fim”, afirmou ele.

 

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