Consultor apresenta a investidores locais projeto associativo de hotel econômico

Prefeito Wainer Machado abrindo a reunião com potenciais investidores locais e, a sua direita, o consultor Fernando Sá de Moraes

O salão nobre General Flores da Cunha serviu, na manhã de ontem, para uma reunião-apresentação a potenciais investidores locais do projeto de Hotelaria Econômica Sul Brasil. O prefeito Wainer Machado explanou sobre a realidade local e as potencialidades, apresentando o consultor Fernando Sá de Moraes, que realizou a exibição do projeto, visando congregar investidores.

Moraes, antes, falou com exclusividade para a reportagem de A Plateia. Disse que a MStortti Consultores Associados foi encarregada de apresentar o projeto na Fronteira. “Realizamos uma pesquisa, encomendada por uma rede interessada em investir, há um ano atrás e a previsão era de investir em Livramento somente em 2014, mas recebemos o pedido da empresa para virmos à Fronteira fazer a exposição do projeto agora” – dise ele, salientando que o foco é construção de 20 hotéis econômicos no interior. A intenção é granjear investidores que fariam o aporte dos recursos e, se necessário, formariam uma Sociedade de Propósito Específico, para trabalhar com a franquia.

Moraes manteve reunião ontem com alguns proprietários de imóveis, visando antever as possibilidades de área disponíveis para instalação. “A área necessária é de 2.500 a 3.500 metros quadrados. Deve haver proximidade a vias de grande mobilidade, entradas e saídas da cidade, por exemplo, com bom fluxo de pessoas” – revela. Salienta que os hotéis econômicos oscilam em número de acomodações. “São entre 80 e 120 apartamentos. Aqui, temos uma ideia de 100” – revela, destacando que a realidade de mercado está propícia.

Questionado sobre o custo do empreendimento, destaca que o total é de R$ 65 mil por apartamento, o que, no caso do projeto para Sant’Ana do Livramento, significaria R$ 6,5 milhões. “Temos linha de crédito pelo BNDES de 80% dos ítens financiáveis, ou seja, 75% do total da obra, com 2 anos de carência e amortização de 8 anos” – pontua. Sendo da categoria econômica, tem na funcionalidade e nos preços atrativos o segredo da rotatividade de clientes, bem como o baixo custo demandado, impactando na economia com a geração de 8 a 10 empregos diretos e o aporte tributário, mais consumo e terceirizações movimentadas a partir dele. A previsão inicial, conforme o consultor, é de que o retorno financeiro do investimento se dê, aos investidores, em 7 a 8 anos, porém, de acordo com o fluxo perceptível de pessoas e a demanda em alta por vagas no sistema hotelerio, esse prazo poderia ser tranquilamente reduzido.

Número de potenciais investidores não passou de quinze

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO

O conceito de hotelaria econômica foi introduzido e difundido no Brasil pela rede Accor Hospitality através das bandeiras Íbis e Formule 1. O momento de introdução dos hotéis Ibis no Brasil consolida o mercado brasileiro no cenário de hegemonia da hotelaria profissional difundida por marcas e padrões operacionais e financeiros, antes disto, a hotelaria nacional era predominantemente familiar e independente. Os hotéis econômicos estão diretamente ligados à relação custo-benefício, ou seja, são produtos que oferecem atributos que visam atender as necessidades básicas do consumidor de uma boa cama e um bom banho.

Assim as características consideradas fundamentais para um produto com este perfil são: localização – usualmente estão próximos a centros geradores de demanda; acomodações modernas e compactas com espaços racionalizados e decoração simples e funcional; preços altamente competitivos – principal fator de decisão de compra pelo consumidor e serviços reduzidos, oferecendo apenas aqueles ligados a garantir uma boa hospedagem (recepção, limpeza e segurança) serviços opcionais, se existentes, cobrados à parte. É de extrema importância que o hotel econômico tenha um baixo volume de investimento e gerido com grande controle, bem como providos com equipamentos de estrutura funcional e que possibilite racionalização de custos e fácil manutenção.

A tecnologia nos processos de gestão e atividades operacionais são pontos relevantes nestes empreendimentos, uma vez que possibilitam produtividade e racionalização de quadro de funcionários. De tal modo a modernidade e a tecnologia têm papel importante na concepção e na operação do produto econômico. (BSH Travel Research-2008)


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