Perspectivas de ampliação dos investimentos na geração eólica são promissoras no município

O engenheiro Ronaldo Custódio, diretor da Eletrosul

O engenheiro eletricista Ronaldo Custódio, diretor de Engenharia da Eletrosul, confirmou que a estatal está preparando sua participação nos próximos leilões, com ênfase no primeiro pregão de 2012, que ocorrerá em março. É o A-3, ou seja, que estabelece três anos para concretização do empreendimento e início das operações de geração de energia. Em dezembro próximo, entretanto, será realizada uma outra chamada pública, A-5 – ou seja, com prazo de cinco anos até a efetividade.

Custódio, porém, não considera interessante apresentar projeto no A-5. “Em dois anos aprontamos um parque eólico, que precisará começar a gerar. O prazo, segundo o leilão, é de cinco anos, daí temos 3 de antecipação. Para antecipar em três anos e o projeto vencer o leilão vai ter que vender energia no mercado livre, o que é muito arriscado; ou, então, estimar um preço futuro, daqui a cinco anos. Mas, como fazer isso com grau de certeza do jeito que está se comportando?”. O questionamento do técnico é acrescido de sua manifestação em defesa da participação dos projetos eólicos no pregão A-3.

“Temos que controlar nossa ansiedade. Temos que caminhar firmes e fortes na velocidade que temos condições. Não podemos fazer projetos que não fiquem de pé, que não se sustentem; seria muito negativo para todos os segmentos, e isso seria ainda mais ruim para a eólica. Prefiro participar do leilão A-3″ – acrescenta Custódio.

Em relação ao primeiro parque de geração de energia eólica de Livramento, Custódio afirma que o cronograma de obras está adiantado em relação ao prazo do leilão (agosto de 2012), mas, em função da força e intensidade dos ventos, há atraso na instalação dos equipamentos, pois a meta era concluir entre setembro e outubro. “As normas de segurança são bastante rigorosas e com ventos acima de 9 metros por segundo, ou seja, ventos fortes, e aí o guindaste não trabalha” – diz Custódio. Ele faz referência ao mês de agosto, em que dos 30 dias, as máquinas somente puderam trabalhar seis, permanecendo 24 dias inoperantes, em função da força do vento. Faltam 10 aerogeradores para instalar no Cerro Chato. “Se por um lado há esse aspecto negativo, por outro, a força do vento comprova que não haveria melhor local para instalar o complexo” – ressalta.

Em relação a próximos investimentos, o foco, conforme Custódio, está sobre o entorno do complexo do Cerro Chato, abrangendo, em próximos parques a serem edificados, as localidades de Andorinhas, Galpões e Ibirapuitã.

Ainda no que tange a Livramento, há perspectivas com relação ao projeto da antiga Gamesa, adquirido pelo Grupo Fortuny, que deverá participar das próximas chamadas públicas de dezembro deste ano e março de 2012.

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