Nuclear também…

Dizer que a energia eólica é um alternativa viável de sustentação do desenvolvimento é uma lógica. Usar a mesma afirmação para a energia nuclear parece defender o indefensável. Porém, tecnicamente, não é assim. Foi uma das conclusões do especialista santanense Ronaldo Custódio, ontem, no programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM.

Como técnico, fez uma análise rápida de viabilidade e deixou claro que em um mundo movido a energia não há como desconsiderar a necessidade da força proveniente da transformação dos núcleos atômicos. Claro que há riscos. O Japão registrou uma experiência muito negativa, assim como a Rússia em outros tempos, mas o fato é que a energia nuclear, segundo conceito técnico, não polui.

Além disso, não há como sustentar a demanda por energia que advirá no mundo do amanhã.

Pode parecer simplista e até mesmo ingênuo, mas é preciso considerar, sim, que enquanto não surgirem novas tecnologias com aproveitamento total e custo mais baixo, assim como a eólica, a hidro, o carvão (também poluente), a energia solar e a biomassa – ambas com potencialidade futura, porém, ainda com a necessidade de mais tecnologia para aplicabilidade e aproveitamento maiores – também a energia nuclear deverá fazer parte do cenário nacional. Pelo menos em um primeiro momento, fica lógica a necessidade, até que surjam outras possibilidades, mas isso, fundamentalmente, vai depender de muita pesquisa.

Note o leitor que da mesma forma que um técnico santanense evoluído a partir do guri jogador de botão e empinador de pipas revolucionou, a vento, a energia brasileira; também é preciso considerar o que vai mover o amanhã e, por mais contrariedade que possa existir, é preciso que o Brasil pense a respeito. Pelo menos…

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