Assembleia define novos valores para salários de comerciários

Categoria optou por aceitar proposta da classe patronal e acordo foi fechado

João Carlos Gonzales foi reeleito para seguir representando a categoria

Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, reunindo mais de 200 trabalhadores no comércio santanense, a classe optou por aceitar a proposta da classe patronal para reajuste das faixas de salário.

Pela proposta, os trabalhadores passarão a receber salários que irão variar entre R$ 550,00 – para menores de idade – e o piso da categoria, que passou a R$ 652,00. Aqueles funcionários que ocupam posições de chefia e gerência, ou mesmo que estão há muito tempo em determinada empresa, terão um reajuste de 7,22%. Também merece destaque a conquista de 5% de auxílio-creche para trabalhadores com filhos menores de seis anos de idade e a continuidade do quebra de caixa de 15% e o quinquênio de 3%. Todos os valores que foram acertados são retroativos ao mês de junho, e deverão ser pagos pelos empregadores, conforme acerto com o Sindilojas, até o próximo dia 20 de dezembro. João Carlos Gonzales, presidente reeleito da categoria, destacou o acerto ocorrido. “Eu acho que dentro da realidade de Livramento, os trabalhadores entenderam a nossa mensagem, quando passamos a eles, que não era o que eles queriam mas era o que tínhamos no momento, e chegamos ao fim deste empasse. Acho que os supermercadistas devem seguir pelo que está acertado com o Sindilojas. Até porque os supermercados tiveram um lucro muito bom neste ano. Queremos que todos fiquem contentes, porque quando a categoria não está contente é muito ruim. Eu, particularmente, estava muito aborrecido porque não conseguia fechar esta convenção, devido a todas as convenções que pairavam neste momento. Mas hoje acabou o impasse da negociação”, declarou, inicialmente. 

Eleições

Gonzales destacou que as eleições superaram suas expectativas. Apesar de haver uma oposição, contava a seu favor todo um histórico de trabalhos realizados por sua equipe frente ao sindicato. “Esse trabalho não é apenas da minha pessoa, mas de todo um grupo que me cerca. Temos uma diretoria formada, um departamento jurídico bem atuante, uma contabilidade e também contamos com o apoio dos meio de comunicação, que nos abrem espaços para divulgar nossas atividades. Isso tudo nos ajudou”, afirma.

Para ele, a reeleição foi por mérito de sua equipe na luta pelo direito dos trabalhadores. E entre estes direitos está a busca por uma redução na jornada de trabalho, que é uma bandeira de luta do movimento sindical. Ele acrescenta, ainda, a regulamentação da categoria e a derrubada do fator previdenciário.

Planos

Como metas até o fim deste ano, o sindicato tem a intenção de fechar todas as convenções. Uma delas já está praticamente definida junto ao Sindiloja, representado por seu presidente, o empresário Pablo Escosteguy, que conforme Gonzales, sempre mostrou-se uma pessoa flexível em busca de soluções para a questão de acordo com o sindicato. “Ele sempre foi uma pessoa muito acessível e, a exemplo de seu pai, sempre lutou por uma solução que beneficiasse ambas as partes. E este bom exemplo é que fica”, acrescenta.

O próximo passo será entrar em acordo com os supermercadistas da cidade, que conforme declara, está encaminhado um acerto. “Nos falta somente um acerto com a direção do Big, que deve ser feito em Porto Alegre, nas mesmas condições”. Será mantido contato também com os representantes dos empregados em farmácias. Essas seriam as metas para esta reta final do ano. Como delegado da confederação em Brasília, João Carlos está com reunião marcada na capital federal no dia 02 de dezembro, para uma reunião de encerramento de atividades neste ano de 2011. Ele quer aproveitar a oportunidade para solicitar o encaminhamento de alguns fiscais para atuar em nossa cidade, para, na sua visão, colaborar com os empregadores idôneos que estão em atividade na cidade.

Empregos

Para Gonzales, que se auto declara uma pessoa extremamente otimista, em suas viagens pelo País, pôde ver que o Brasil crescia, e sabia que, mais cedo ou mais tarde, a cidade se desenvolveria. Para ele, por muitas vezes, mesmo que indiretamente, as pessoas duvidavam de suas previsões otimistas em relação ao futuro de Livramento. “Nós queremos contribuir com o desenvolvimento da cidade, mas não com sacrifício dos trabalhadores. Queremos que seja um conjunto, queremos que a cidade e os direitos dos trabalhadores cresçam juntos”, afirma. Sobre a questão da colaboração dos empregadores com a questão do cumprimento dos acordos, Gonzales destacou que sempre existem as excessões, mas se levar em conta os números recentes, a colaboração por parte dos empregadores aumentou significativamente.

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