Delegação gaúcha conhece modelo francês de segurança no trânsito

A delegação gaúcha que se encontra na Europa, liderada pelo vice-governador Beto Grill, assistiu, na manhã de ontem (14), a uma apresentação realizada no Ministério de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável, Transporte e Habitação da França, em Paris, sobre energia renovável e segurança viária.

Durante uma hora, o vice-governador e o presidente do Detran, Alessandro Barcellos, e sua comitiva, ouviram Joël Valmain, representante francês da segurança viária na Europa, que explicou o funcionamento do trânsito em seu país. Segundo ele, as linhas gerais da política deste setor estão a cargo do Comitê Interministerial de Segurança Viária (CISR ). As decisões são tomadas pelo gabinete do primeiro-ministro e operacionalizadas pelos órgãos que compõem a CISR.

Em 40 anos, de 1970 a 2010, a França reduziu em mais da metade as mortes no trânsito. Isto, na opinião de Valmain, ainda não é o desejável. Para uma população de 65 milhões de habitantes, a França possui 35 milhões de condutores. Os jovens, na faixa de 18 a 24 anos, representam 9% da população e 21% das mortes no trânsito.

Assim como na Espanha, uma das principais preocupações entre os responsáveis pelo tema são os condutores do motocicletas. Periodicamente, eles são reunidos juntamente com os motoristas de 4 rodas. “A via é pública e eles têm que aprender a conviver num mesmo espaço”, diz Valmain.

Para mudar o comportamento dos cidadãos nas estradas e nas vias públicas, os franceses estão investindo na formação e educação dos condutores através de cursos qualificados, aumento no controle de multas automático (radares) e campanhas de informação elucidativas, explicando o motivo da ação que está sendo realizada. “Eles precisam entender que as medidas são tomadas para sua proteção”, diz Valmain. As ações também estão voltadas para a proteção dos mais vulneráveis, no caso, os pedestres.

Nas diretrizes estabelecidas pelos franceses, a educação para a segurança no trânsito deve ser feita ao longo de toda a vida, desde a pré-escola, e até mesmo depois da obtenção da licença de habilitação para aperfeiçoamento, sendo que, neste último caso, a opção existe mas é voluntária.

Etilômetro nas discotecas

Outro ponto bastante considerado é o combate à alcoolemia, responsável por 30% das mortes no trânsito. Todas as discotecas são obrigadas a oferecer o teste com etilômetro a seus frequentadores, que podem se recusar a fazê-lo. Mas, a partir de dezembro deste ano, todos os frequentadores serão obrigados a fazer o teste antes de sair da discoteca. O custo dos testes cabe aos proprietários dos estabelecimentos. A partir daí, o motorista tem a opção de continuar dirigindo, desde que instale em seu veículo um bafômetro que terá que ser soprado antes de ligar o carro. Se estiver alcoolizado, o veículo não vai ligar.

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