Luan Barcelos comparece em audiência em Livramento

Após ser condenado a 55 anos de prisão pelos crimes cometidos na capital, testemunhas foram ouvidas sobre a acusação do assassinato em Rivera

Luan Barcelos, após a audiência realizada no Fórum de Livramento

Luan Barcelos da Silva, condenado na última segunda-feira, a 55 anos de prisão pela morte de três taxistas em Porto Alegre, esteve no início da tarde de ontem para audiência com a Juíza Carine Labres, em Livramento. Foram ouvidas quatro testemunhas de acusações sobre a morte de um taxista em Rivera. Segundo o promotor José Eduardo Gonçalves, na oportunidade seria colhido o depoimento das demais testemunhas de acusação, porém, como uma delas era o avô de Luan, que por ter sofrido um AVC, alegou não ter condições de comparecer ao Fórum, as testemunhas foram liberadas até uma nova audiência, ainda sem data definida.

O processo pela acusação da morte do taxista em Rivera é de responsabilidade da comarca da capital do estado, já que se trata de um crime praticado em solo estrangeiro. Luan ainda responde um processo na comarca de Sant’Ana do Livramento, onde é acusado pela morte de mais dois taxistas, segundo o promotor, o andamento deste processo está lento porque há a necessidade de ouvir testemunhas, que moravam em Santa Catarina, porém, agora há a informação que eles já tenham se mudado para Livramento, o que facilitaria os tramites processuais.

Após a audiência, o acusado retornou para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas

Na última segunda, a sentença pelos crimes cometidos na capital foi dada pela juíza Betina Meinhardt Ronchetti, da 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Alto Petrópolis, em Porto Alegre. A magistrada também considerou incontestável a prova pericial de autoria dos fatos. Na decisão, Betina Meinhardt Ronchetti afirma que nas roupas e mochilas apreendidas no apartamento em que Luan morava foram encontrados resquícios de sangue. O exame de DNA apontou que o material genético era de duas das vítimas.

Sobre a condenação, o advogado de Luan, Mateus Marques, em entrevista ao programa Canal Livre, da RCC FM, avaliou a sentença da juíza como “um absurdo”. Segundo ele, não havia provas de que Luan cometeu os crimes. “A sentença dada pela magistrada é de um absurdo imenso, a peculiaridade pela qual ela julgou a ação penal, a forma como se deu o julgamento dessa ação penal, a produção de provas completamente deficitária do processo, faz com que nós tenhamos que ir até o tribunal de justiça e recorrer dessa decisão, inclusive a questão da quantidade de pena que foi imputada ao Luan e principalmente ao fato de não haver a concretude de provas que pudessem incriminar o Luan. Vamos recorrer ao Tribunal de Justiça, pedindo a reforma dessa decisão, informando quais foram os parâmetros que não foram analisados pela juíza e também tentando mais uma vez provar de que essas mortes e atrocidades que aconteceram em Porto Alegre não foram atos praticados por Luan Barcelos. Tenho certeza que no julgamento de Sant’Ana do Livramento não serão utilizados os mesmos critérios errôneos, como ocorreu pela magistrada em Porto Alegre”, observa o advogado.

 

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