“Rolezinho” sob outra ótica

Secretário de Cultura, Esporte e Lazer afirma ter espaço aberto para os jovens

Secretário de Cultura, José Canabarro, “Temos espaço aberto para os jovens e esperamos por eles de braços abertos”

 

Grupo se reúne em novo espaço e se dispersa do centro da cidade

No último dia 19 de fevereiro um encontro de jovens no centro da cidade terminou em confusão e polícia. Segundo declaração da Dircelene Padilha, este é um problema que diz respeito primeiramente aos pais dessa juventude. Muitos jovens reclamaram em depoimento de que “não tem nada para fazer na cidade”. Segundo eles, essa seria a desculpa para a reunião no centro da cidade. A Plateia procurou a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer para falar a respeito do assunto e saber quais as possibilidades de diversão para os jovens na comunidade. O Secretário José Nilton R. Canabarro comentou que o que está acontecendo é uma demonstração do senso comum entre os jovens e adolescentes modernos. “Todos que se reúnem nesses “rolezinhos” têm família, cabe aos pais também conscientizar seus filhos que existem outras atividades mais instrutivas”. Canabarro comenta também que por mais que a sociedade procure entender essa manifestação, não se poderá achar uma resposta científica. Parece que é só mais um modismo. “Essa é uma gurizada da internet e redes sociais”, eles

Projetos de teatro da Secretaria de Cultura que não saem do papel à espera de jovens interessados em fazer arte

precisam perceber que existem outras formas prazerosas de diversão e convivência entre jovens, diz o secretário. O secretário comenta que no momento possui mais de 10 projetos de teatros, mas não tem jovens para compor o elenco. “Fiz uma inscrição aberta e só apareceram dois jovens, um rapaz e uma moça. Nós temos um grande espaço e atividades para a comunidade jovem, mas não podemos trazê-los a força”.

“Temos teatro, poesia, música, dança, estudos de línguas, estúdio de cerâmica e outras atividades que os jovens e adolescentes podem gostar, mas eles precisam conhecer. Temos verbas para isso e outras que ainda serão disponibilizadas”.

Jovens continuam a usar pista de skate e relutam em fazer “rolezinhos”, “preferimos aqui, é bem mais divertido” diz a dupla de amigos de 11 e 13 anos

O secretário lamenta esses acontecimentos e que os jovens não se interessem mais por uma recreação cultural, “não se pode negar que isso também é responsabilidade dos pais e um retrato da família”, diz Canabarro. A conselheira tutelar que atendeu a ocorrência do dia 19, disse no programa da RCC pela manhã de ontem, que foram chamados os responsáveis dos adolescentes, mas a comunidade, Conselho, família, Ministério Público precisam pensar juntos. Conta a conselheira Dirce Padilha que foi inclusive agredida verbalmente pelo pai de uma garota. “Eu fui insultada por um pai quando estava fazendo o meu trabalho. O que acontece é uma perturbação da paz pública, entendemos que é um local livre, mas precisa ter limite”. A Conselheira cobrou mais atuação do MP e da Brigada Militar. “Eles se organizam para tirar a paz dos cidadãos e trabalhadores. É preciso identificar os adolescentes e pais para que tomem as providências com os seus filhos”, relata Dirce. Na tarde de ontem já não se via grandes grupos reunidos no centro. Uma viatura da BM fazia a ronda e identificação dos adolescentes, com isso, alguns grupos se dispersaram para praças próximas. Até o final da tarde, a Secretaria não havia recebido mais nenhuma nova inscrição para as oficinas.

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