Comissão analisará investimentos de concessionárias

A proposta foi ideia do deputado Lucas Redecker

Os problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica no RS serão tratados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pelo deputado Lucas Redecker. A ideia do deputado é analisar os motivos das contínuas faltas de abastecimento de energia elétrica em várias localidades gaúchas e demoras no restabelecimento, bem como os prejuízos causados aos consumidores e os investimentos feitos pelas concessionárias.

O deputado Lucas Redecker, em entrevista ao programa “Conversa de Fim de Tarde”, da Rádio RCC FM, abordou os pontos tratados na CPI de energia elétrica no RS. Abaixo, confira a síntese da entrevista:

A Plateia: Quais são os principais pontos levantados pela CPI, deputado?
Deputado Lucas Redecker: Estamos vivendo um colapso estratégico no RS. Há dificuldades de energia elétrica, por parte das nossas concessionárias em momentos adversos, como quando ocorre temporal ou quanto está muito quente. Outra dificuldade é da condição de ampliação das cargas no fornecimento de energia, como propriedades rurais e empresas que esbarram na ampliação. Estes são pontos que o cidadão acompanha no dia a dia. A CPI vai averiguar detalhadamente, pontos como a tratativa e a condição dos indícios que existem no descumprimento contratual das concessionárias, em relação ao usuário e ao governo.

A Plateia: Chamam a atenção dois aspectos: as agências reguladoras estabelecidas pelo governo como o elo entre governo, cidadão e as concessionárias, que na prática, não há a solução dos problemas. A presidenta Dilma Rousseff, disse que os call centers pagariam multas e deveriam melhorar de pleno o atendimento ao usuário e isso não aconteceu…E então?
Deputado Lucas Redecker: São dois pontos fundamentais que estão ligados diretamente ao dia a dia dos gaúchos. As agências reguladoras, é uma proposta de gestão de governo, tem que ter cuidado detalhado para não colocar pessoas que beneficiem concessionárias ou representantes de empresas que fornecem trabalho para o município, e nós temos que investigar o trabalho e como estão essas empresas. 

Isso, temos que mudar e denunciar, utilizando estes dados que foram citados, para fazer um levantamento na CPI. Por isso é muito importante a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, que vai fazer o levantamento dos processos que estão trabalhando para que possamos usar como prova relacionados a estes temas.

Em entrevista, por telefone ao jornal A Plateia, o engenheiro e diretor de engenharia e operação da Eletrosul, Ronaldo Custódio, relatou que, em seu ponto de vista não vê motivos para tal proposta, pois o RS nunca obteve tantos investimentos, quanto foi recebido nos últimos 10 anos. Abaixo, observe o que o engenheiro explicou:

A Plateia: Em oportunidades anteriores já foi defendida a necessidade de aumentar as linhas de transmissão em Livramento e outras localidades estaduais. Como está essa perspectiva?
Ronaldo Custódio: Na verdade, a necessidade surgiu,recentemente, pelo grande potencial eólico que o RS tem, e não pela necessidade para atender carga, pois para atender o consumo, ele é muito bom.

A Plateia: Desenvolvimento requer energia. O Brasil está preparado para se desenvolver, o Rio Grande também deseja isso. Mas e os municípios têm estas condições?
Ronaldo Custódio: Tem. O sistema gaúcho é muito bom. O que surgiu nos últimos anos, foi a necessidade de ampliar o sistema de transmissão para poder escoar o potencial eólico que começou a se explorar no RS.

A Plateia: O que é preciso fazer para conter os apagões?
Ronaldo Custódio: Não há ocorrências de apagões no Brasil. Há acontecimentos isolados, como tem em qualquer lugar do mundo, mas não é um problema estrutural. O Brasil tem energia suficiente para atender seu mercado e tem sistema de transmissão suficientemente estruturado para atender. Não temos hoje, nenhum problema estrutural no sistema brasileiro. É uma pauta exagerada por causa do ano eleitoral.

A reportagem do jornal A Plateia, entrou em contato com a empresa Sirtec e Eletrogon, por diversas vezes na sexta-feira, mas foi informada por funcionários das empresas, que os responsáveis não se encontravam. Assim, o jornal A Plateia, encontra-se à disposição, caso os mesmos, desejem manifestar-se sobre o assunto.

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