Penhor, crédito rápido e seguro

Modalidade antiga de contrato, mas sempre atual no gosto dos brasileiros

Rui Pereira, funcionário da CEF desde 1997, no setor de penhores, diz que o trabalho se tornou uma paixão

O penhor é a forma mais antiga no mundo de fazer um empréstimo. Em termos simples, é um empréstimo que se toma, dando um bem móvel por garantia, como joias, diamantes e metais nobres.

A Caixa Econômica Federal disponibiliza este serviço em Livramento há seis anos e já conta com a preferência de muitos fronteiriços, desde brasileiros e estrangeiros com residência no Brasil.

Rui Sancedo Pereira, funcionário da CEF desde 1989, é um apaixonado pelo assunto e trabalha com o setor de penhores desde 1997. Rui afirma que o penhor é uma forma rápida e segura de se conseguir dinheiro sem burocracia. “Mesmo pessoas que estejam com o nome negativado no SPC ou Serasa, podem fazer o penhor de uma peça sem problemas”. O valor avaliado do empréstimo é pago na hora.

O serviço é bem simples, basta levar RG, CPF e comprovante de residência para fazer o empréstimo por penhor. A avaliação da peça é feita na mesma hora e diante do cliente. Os itens podem ser bem variados, como correntes, pulseiras, anéis, relógios, brincos. Os mais comuns apresentam-se em ouro, prata, ouro branco, platina e diamantes.

Os aparelhos usados para avaliação são balanças de precisão, balança hidrostática, e lupas de alta precisão, “métodos desenvolvidos por Arquimedes que são atuais e bem exatos”, garante Rui. A CEF se baseia ainda em tabelas internacionais, o que dá mais garantia para o cliente. A média paga por 100 g de ouro 18 quilates é hoje R$ 60,00.

Diamantes da CEF: peças avaliadas pelo tamanho, cor, brilho e lapidação

A CEF lembra que apenas peças maciças são penhoráveis, peças banhadas não têm valor para penhora. Outro detalhe é que não é preciso apresentar documento de propriedade da joia, muitas delas estão na família há anos ou são bem antigas. Rui Pereira diz que a grande maioria retorna no fim do contrato para resgatar o bem ou renová-lo.

A taxa de juros no empréstimo de penhor é menor que a do cartão de crédito, em torno de 1,89% ao mês, e muitos usam o penhor como forma de quitar o cartão e fazer uma dívida mais em conta. Quem costuma fazer longas viagens, também usa o penhor como forma segura de guardar uma joia, e outros, afirma o funcionário, penhoram por necessidade de um dinheiro rápido.

O contrato de penhor tem o prazo estipulado pelo próprio cliente, que vai de 30 a 180 dias, podendo ser renovado quantas vezes o cliente precisar. A cada renovação, parte da dívida pode ser paga como uma espécie de amortização do valor total. Em simulação, em um bem avaliado em R$ 500,00, o dono da joia pode levar até R$ 425,00 de empréstimo.

Rui Pereira garante que o índice de resgate dos penhores é alto, mas ainda assim, algumas peças são levadas a leilão em caso de não pagamento. Inclusive, a agência já tem um agendado para o mês de abril. Na verdade, essa é uma moda que voltou a ser atual.

 

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