Bons companheiros para a vida

A convivência entre o homem e os animais é antiga e traz inúmeros benefícios

A psicóloga Débora Coradini com as cadelas da raça Border Collie, Brenda e Sharon: carinho e cuidado

“Tanto as pessoas, quanto os animais podem ganhar muito a partir de uma convivência amorosa”. Assim, a psicóloga Débora Freitas Coradini inicia a conversa com a reportagem, enquanto tenta acalmar Sharon e Brenda, suas duas Border Collie, de 5 anos e 8 meses, respectivamente. Procurada para falar sobre os benefícios da relação entre homens e animais – em alusão ao Dia Mundial dos Animais, celebrado hoje – Débora resumiu assim a maior parte das declarações que se seguiram.

 

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Os animais de estimação fazem parte da vida do homem. Inclusive, o cachorro, ou cusco, está atrelado à imagem do gaúcho.

Não importa o tamanho, o tipo, a cor ou os costumes – na sociedade atual, são aceitas cada vez mais as mascotes exóticas, como cobras, lagartos, aranhas e furões, por exemplo. O bichinho não é só uma companhia, mas uma lição completa e até um remédio. 

Vínculo afetivo

Psicóloga com especialização em Psicologia Jurídica, Débora trabalha diretamente na avaliação de crianças, inclusive em casos de violência. Conhecedora do universo infantil, é só elogios à convivência com um animal de estimação. “A criança que tem um bichinho acaba aprendendo mais sobre relacionamentos sociais, pois o vínculo afetivo desenvolve a sensibilidade e o desenvolvimento emocional. Como os animais precisam de carinho e cuidado, a criança aprende a cuidar e a entender as necessidades do outro”, analisa.

Vida mais saudável

Os índices sustentam as afirmações da psicóloga: pessoas que convivem com animais registram menor número de visitas aos médicos, menos casos de depressão e ansiedade ou sentimento de solidão. “Os animais são facilitadores sociais para crianças, idosos ou pessoas com deficiência”, afirma Débora. No caso dos depressivos ou dos pacientes com síndrome do pânico, o benefício está em desviar a atenção do problema. “Desvia o foco da doença para algo que é bom”, diz.

Segurança

A amizade sincera e leal dos animaizinhos, que dão carinho sem pedir nada em troca, além dos cuidados necessários, faz com que as crianças desenvolvam a capacidade de se colocar no lugar do outro. “Isso resulta em crianças menos egoístas e mais seguras”, assinala a psicóloga. Contudo, para desenvolver essa série de benefícios, é preciso que os pais imprimam responsabilidades à criança. “Ela precisa desenvolver esse ‘cuidar’ do bichinho”, reforça.

Além das duas Border Collie e de meia dúzia de peixinhos no aquário da sala, Débora possui um cavalo: Júpiter. Com ele, pratica equitação quatro vezes na semana.

“Na equoterapia, por exemplo, a criança desenvolve também uma consciência corporal, além dos outros benefícios comuns à convivência com as mascotes”, acrescenta.

Animais exóticos

A proposta era encontrar um santanense com um animalzinho de estimação exótico. Por telefone, Diego e Carla, da veterinária São Francisco de Assis, relataram que criam, em sua residência no Armour, uma ovelha – como se fosse cachorro. O animalzinho passou a fazer parte da família logo no início da vida, rejeitado pela mãe. “Toma dois litros de leite por dia”, contou Diego. No Facebook de A Plateia, o resultado foi ainda mais interessante. “Tenho um gato siamês muito inteligente e uma cachorra Dobermann”, apontou Mikaela e Renato. Rosane Senna, por sua vez, citou Yndra e Duque, seus animaizinhos. Cirinéia Coelho foi além: “uma cachorra viralata que fala”. Outra figura citada no Facebook do jornal foi o chiwawa de Maria Garcia, que “pensa ser um Rottweiler”. Teve ainda a Agapornis que Edson Marques Inchauspe cria “no dedo”.

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