Expectativas sobre a Feira são otimistas em função do mercado
Sábado marca o primeiro remate e no domingo ocorrerá o segundo, com excelente expectativa de comercialização, segundo integrantes da diretoria
Luigy Lopes Rodrigues
O presidente Luiz Claudio Andrade, da Rural de Livramento confirmou, ontem, que logo no início da manhã começou a entrada dos animais, marcando os primeiros movimentos da 36a Exposição Feira de Ovinos de Verão.
“Antes mesmo da chegada do pessoal da Inspetoria Veterinária já havia produtores aguardando para o desembarque de ovinos. Ficamos satisfeitos pelo apoio dos produtores e ovinocultores de modo especial, apoiando nossa feira” – destaca o presidente.
Segundo Luiz Claudio Andrade – que na sexta-feira foi entrevistado no programa Canal Livre, da RCC FM – cresceu o volume de inscrições de animais em relação ao ano passado . Isso significa também uma perspectiva, conforme ele, demelhor venda. “Em 2013, a feira vendeu mais de 3.300 animais, e tende a comercializar mais de 4.700 neste ano” – salienta.
Para o presidente, a ovinocultura está em um momento bom, tanto para a carne, quanto para a lã. “A carne registra um pouco mais de oscilação e a lã está mais firme em mercado. Há muita procura por reprodutores” – pondera.
Os dois primeiros remates
Luiz Claudio Andrade
Neste sábado, 11, acontece o primeiro remate, o II Top Ovinos, e no domingo, à noite, um pregão de rebanho geral.
“A expectativa é boa e a chuva sempre ajuda, fazendo um ambiente mais alegre, com outro entusiasmo. Acho que tem tudo para ser uma excelente feira, já conhecida no RS, cabanhas de renome, principais exposições, credencial para o sucesso que espera almeja e deseja e que é bom para todo mundo” – afirma Luigy Lopes Rodrigues.
De acordo com o experiente leiloeiro rural santanense, Sant’Ana do Livramento está reconhecida em todo o estado e as pessoas vêm de vários municípios, essencialmente em busca do ovino local, normalmente de propósito misto.
”Com exceção da raça Texel, que é lã e carne. Tanto que teremos aqui em Livramento a IV Nacional do Texel e para Sant’Ana do Livramento é uma satisfação e orgulho sediar uma nacional, pois em nível de Esteio, em ovinos, o Texel é a maior representação, anualmente” – pondera Luiz Claudio Andrade.
Luigy Lopes Rodrigues complementa: “As raças laneiras, mais criadas na fronteira são muito procuradas, mas o mesmo ocorre com as de carne. Prova está na constante referência ao Texel, cujo maior rebanho em nível de Brasil está em Livramento” – disse.
Sazonalidade
Segundo Luigy Rodrigues, o mercado da ovelha é muito sazonal e varia muito, especialmente no que tange à carne ovina. “É questão de momentos e tem uma história antiga aí, que não desenvolve mais porque não atinge mercados e não atinge mercados porque não tem quantidade e esse paradigma não se quebra. Está entre aumentar para atender o Brasil, mas se aumentar para o Brasil inteiro não vai ter carne suficiente para todo o consumo. Se correr o bixo pega” – compara.
O dirigente da Rural é pontual, concordando com seu presidente no que se refere ao futuro da ovinocultura. “Claro que vamos continuar trabalhando, criando ovelhas, em nível de Rio Grande do Sul. Umas regiões vão produzir um pouco mais, outras um pouco menos. Mas com certeza a ovinocultura tem seu futuro garantido, pois a tendência é de criação de novos consumidores e, portanto, ampliações de mercado” – disse.
Investimentos
Em relação ao parque de exposições, Luiz Claudio Andrade informou que sua diretoria sempre procura junto aos núcleos de criadores as carências maiores e as mais preementes, percebemos e começamos com o local de eventos, já que não existia um local para remate de elite. “Era muito mal acomodado o local de leilão para gado geral. Vimos investindo e estamos prestes a concluir essa obra” – resume.
Andrade considera que há outro investimento a ser feito, de grande porte, que é uma demanda solicita pelo núcleo de Gado Leiteiro.
“O pessoal nos solicitou um galpão, pois aquele usado para o gado leiteiro prejudica muito, pois se sabe que o holandês e o jersey precisam de clima temperado ou frio para produzir e, com o calor, cai a produção” – argumenta.
“Entre a diretoria, trocando ideia seria fazer um galpão novo nas proximidades do galpão de equinos e uma pista de julgamentos entre os dois galpões, então desafogaria aquele espaço, que poderia ser usado para salas destinadas a núcleos ou escritóiros de remates ou ainda para praça de alimentação” – coloca.
“Depois, a parte de ovinos vai ter um grande número, em função da Nacional do Texel e já locamos os boxes usados na Expointer. São 150 boxes para dois galpões (ovinos e gado leiteiro) para lotar durante Mercotexel. Vamos melhorar pista remate ovinos, abrir mais e facilitar o outros detalhes menores que ajudam a receber melhor, como a cobertura do passeio, fazendo uma Boulevard com a de Esteio” – concluiu.
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