O requerimento da discórdia

Primeira sessão da comissão representativa foi marcada por polêmica e troca de farpas entre dois vereadores

Tatiane Marfetan, Gilbert Gisler e Hélio Bênia

A sessão de ontem, da comissão representativa, na Câmara de Vereadores, tinha tudo para ser tranquila, sem polêmicas.

Não foi. O clima, no plenário João Goulart, ficou tenso quando uma discussão em torno de um requerimento do vereador Jason Flores (PMDB) envolveu o próprio, e seus colegas Lído Mendes (PTB) e Dagberto Reis (PT).

Itacir Soares, Dagberto Reis e Germano Camacho Mendes.

Ao fim do episódio, um comentário realizado pelo legislador Hanney Cavalheiro, colega de bancada de Flores, definiu a situação com propriedade: “peço que os vereadores se desarmem, pois se para trocar um poste deu toda essa discussão, imagine em um outro projeto…”

Tudo começou quando a secretária Tatiane Marfetan (PTB) leu o pedido de Flores, encaminhado como Indicação. No documento, o vereador do PMDB requeria que “a empresa responsável pela iluminação pública” providenciasse a troca de um poste na rua Romagueira de Oliveira.

O presidente da Câmara, Gilbert Xepa Gisler (PDT), encaminhou à votação, colocando a matéria em discussão.

No texto do legislador, constava que o pedido fosse realizado à empresa responsável pela iluminação pública, o que gerou manifestações dos vereadores Dagberto Reis e Lídio Melado Mendes.

Lídio Mendes: “meu jeito é esse e não tenho porque mudar”.

O petista, invocando a questão de ordem, sugeriu que Flores reencaminhasse a matéria colocando no texto a destinação para a concessionária de serviços públicos ou simplesmente a AES Sul. Na mesma linha, em outra questão de ordem, Lídio Mendes fez uma breve explanação, ressaltando que havia erro no texto, já que dava a entender que o pedido devesse ser endereçado à Eon, empresa terceirizada, contratada pelo município para a realização de troca de lâmpadas. Melado chegou a afirmar que poderia gerar chacota se o encaminhamento fosse mantido, falando também sobre outras questões, como humildade.

O autor demonstrou visível descontentamento com as palavras do colega. Devolveu o que considerou uma fala indevida do colega. Melado retornou, fazendo uma declaração de voto. “Voto contra, porque está errado. É minha opinião e tem que ser respeitada” – disse.

 

Jason Flores, após troca de farpas com Lídio Mendes, mudou o texto .

Jason Flores fez alusão ao uso do microfone para amplificação da voz. “Não precisa gritar” – interpôs, afirmando ter postura respeitosa e não mal educada.

Dagberto Reis interveio, sugerindo que simplesmente fosse colocado no texto o termo concessionária de energia elétrica ou AES Sul, apelando para que Jason Flores fizesse a retificação.

Flores disse que estaria anuindo à sugestão de Reis, afirmando que ninguém o faria mudar nada no grito. Melado, novamente, buscou explicar que era seu jeito de falar.

Os ânimos exaltados, após a série de troca de farpas, voltaram ao normal. Jason Flores e Melado trocaram um aperto de mãos e a matéria foi, finalmente, alterada em seu texto e aprovada no encaminhamento correspondente, por unanimidade.

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