Novas regras para a doação de sangue
O novo teto de idade para doadores passou para 69 anos, e segundo o Ministério da Saúde os exames serão mais eficientes na detecção do vírus HIV
O novo teto de idade para doadores passou para
69 anos, e segundo o Ministério da Saúde os exames serão mais eficientes na detecção do vírus HIV
Na última terça-feira, 12, o Ministério da Saúde elevou a idade máxima para doação de sangue no País de 65 para 69 anos. A pasta também tornou obrigatória a realização de teste que permite maior rapidez na identificação dos vírus HIV (AIDS) e HCV (hepatite tipo C) no sangue de doadores. O novo procedimento é considerado mais “eficaz” que o atual exame realizado no Brasil, o Elisa.
Segundo estima o governo federal, o aumento na idade irá ampliar em cerca de 2 milhões de pessoas o número de potenciais doadores no País. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva destacou que, apesar de não existir a obrigatoriedade de realização do teste de ácido nucleico (NAT) em todo o sangue doado no País, desde julho o procedimento já vem sendo realizado em todas as doações realizadas pelo SUS. Ele destacou que a rede pública de saúde é responsável por cerca de 75% das transfusões feitas no Brasil.
“Estamos em um estágio que podemos tornar obrigatório o teste do NAT para o teste do HIV e da Hepatite C. Os testes já são feitos, mas agora serão obrigatórios. E incorporam-se ao questionário, que não podemos abrir mão, porque tem padrão internacional e é uma forma de excluir potenciais doadores que possam ter risco de transmissão de doenças de risco”, afirmou o ministro.
Ainda conforme o ministro da Saúde, os laboratórios terão 90 dias para se adequar às novas regras. Tanto o NAT quanto o Elisa são “absolutamente confiáveis”, destacou. O NAT ajuda a reduzir a janela imunológica, ou seja, descobre mais precocemente se aquela pessoa (doadora) está infectada pelo vírus. Por isso, é importante para a transfusão para dar mais segurança. E o teste é capaz de detectar os anticorpos produzidos pelo organismo após infecção por HIV e HCV, enquanto o NAT é capaz de detectar o material genético dos vírus.
No município, a quantidade de sangue coletada por mês ainda é insuficiente. Apesar de se fazer duas coletas ao mês, o município arrecada apenas cerca de 100 bolsas, quantidade ainda considerada pequena, pois a demanda é de 180 bolsas de sangue ao mês. A preocupação em relação à doação de sangue é sempre a mesma. As campanhas “quem doa sangue doa vida”, por exemplo, conscientizam pouquíssimas pessoas. Com isso, são realizados apenas os procedimentos de emergência, deixando os demais casos em aguardo, até que o estoque de sangue tenha a quantidade de bolsas suficiente para atender a demanda.
Segundo a assistente social Fernanda Soares, que realiza as entrevistas dos possíveis doadores, “não é necessário esperar que a família ou um amigo próximo precise de sangue para você doar. O ideal seria que todos se antecipassem, a fim de se tornar um doador voluntário. Outro problema enfrentado é na arrecadação de sangue O-, pois somente este tipo de sangue é utilizado nas crianças. É necessário que haja mobilização para que as pessoas se sensibilizem e façam a doação”, concluiu a assistente.
As próximas datas para a doação de sangue na Santa Casa de Misericórdia serão realizadas nos dias 2 e 11 de dezembro. A coleta será realizada das 8h30 às 11h30, e das 13h30 às 15h30, no setor de traumatologia convênios, ao lado da capela.
Regras básicas para doar sangue:
Sentir-se bem, com saúde, apresentar documento com foto, válido em todo território nacional; ter entre 18 e 69 anos de idade; ter peso acima de 50 kg; não ingerir bebida alcoólica; dormir no mínimo por 6 horas; não estar grávida; nem amamentando. Prazo para a doação: nos homens de 2 em 2 meses e nas mulheres de 3 em 3 meses .
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