Brasil e Grêmio SL fazem final inédita

Equipes voltaram a vencer Banespa e Dínamo, e garantiram vaga na decisão do Citadino de futsal, no dia 22

Jogadores do Grêmio Santanense comemoram com a torcida a vaga para a decisão

 

Rigner marcou, nos últimos segundos da prorrogação, o gol que garantiu o Brasil na final

O Citadino de Futsal chega ao fim, no dia 22, com uma decisão inédita na história da competição organizada pela Arena Sports. A Ser Brasil, clube mais tradicional do futsal santanense – ativo desde a década de 1980, quando surgiu para bilhar nas quadras – vai enfrentar o Grêmio Santanense que levou para as quadras, através de sua torcida, o brilho e o sucesso que fez nos gramados nos anos 1990.

As equipes serão protagonistas na decisão do campeonato de 2013, que encerra com recorde de público no ginásio e com mais um passo dado no sentido de redenção definitiva do futsal da cidade. Ser Brasil e Grêmio Santanense chegam à decisão credenciados por derrubarem dois gigantes. Dínamo e Banespa passaram invictos para pela primeira e segunda fase, somando 18 pontos conquistados em 18 jogados e só conheceram derrota na semifinal. Ao contrário dos adversários, Brasil e Grêmio Santanense ocuparam posições intermediarias e cresceram na hora certa, nos mata-matas. Na sexta, os finalistas do Citadino consolidaram esta evolução, voltando a vencer Dínamo e Banespa e confirmando vaga na grande decisão.

 

Grêmio ganha na quadra e no grito da torcida

Vencedor no primeiro confronto como Banespa, o Grêmio Santanense voltou à quadra na sexta-feira, para o confronto final contra o atual campeão Citadino, ainda mais reforçado. Na quadra, o time era o mesmo, com a segurança do goleiro Dedina, a qualidade do jovem ala Greison e oportunismo do pivô Gustavo, o popular Formiga, além da garra de Fabio e Cristian. O diferencial estava nas arquibancadas do Irajá, com o dobro de torcedores em relação ao primeiro jogo. Eram os “caras pintadas”, torcida organizada do clube, que fundou a equipe de futsal, saindo do Estádio Honório Nunes direto para o Irajá. Nem o gol de Chokito, o artilheiro do campeonato, abrindo o placar para o Banespa, abalou os colorados. A 12min. do final, Greison soltou a bomba na falta e empatou, e a 9min., Gustavo, no seu melhor estilo, virou para o Grêmio, fazendo o ginásio explodir no grito da torcida colorada. Mas o Banespa precisava vencer para provocar a prorrogação e Duda voltou a virar o jogo para 3 X 2, placar do primeiro tempo. A etapa final seguiu disputada, com os times brigando pela bola e disputando cada espaço na quadra. Em vantagem, o Banespa, que vivia a tensão de ter que vencer, buscou trabalhar mais a bola e induzir o Grêmio ao erro. A estratégia deu certo por alguns minutos. Ao 14min. do fim da partida, o Grêmio surpreendeu. Quando toda a marcação do Banespa se mostrava atenta à jogada para a conclusão de Greison, batedor oficial das faltas, a bola foi passada para Cristian, que com espaço soltou a bomba e venceu o goleiro Luciano, empatando o jogo em 3 X 3. Novamente, era jogada para o Banespa a responsabilidade de buscar um gol. Chokito até tentou, mas parou em Dedina. O Banespa dava espaços, e no contra-ataque Greison quase ampliou, acertando a trave de Luciano. Desta vez, o Banespa escapou, mas dois 2min. depois não houve jeito. A roubada de bola do Grêmio acabou nos pés de Greison, que bateu forte para fazer o 4 x 3 e ampliar a vantagem do Colorado. O campeão citadino de 2012 sentiu o peso e isso se refletiu nos dois tiros livres cobrados por Duda, o líder da equipe. Exímio cobrador das faltas sem barreiras, ele parou em Dedina na primeira vez e depois bateu para fora a segunda tentativa. O técnico Carlinhos partiu para o desespero e tentou o ala Wainer como goleiro linha, algo incomum para a equipe. A tentativa se mostrou frustrada, pois a equipe se atrapalhou na primeira jogada e a bola sobrou livre para Fabio atravessar a quadra e marcar o quinto do Grêmio. A 1min18 do fim, a jogada se repetiu, com o Grêmio roubando a bola do Banespa e encontrando o gol adversário aberto. Manequinho, por cobertura, fechou o placar em 6 x 3, consolidando a vaga.

Detalhe decidiu em favor da Ser Brasil

O outro jogo da noite foi o que também gerou maior expectativa. O segundo confronto dos times mais técnicos do Citadino mostrou que os 40 minutos cronômetrados não seriam suficientes para apontar um vencedor. O Brasil tentou decidir no tempo normal, fazendo uso da vantagem por ter vencido o primeiro confronto. Mas o Dínamo mostrou que iria vender caro a vaga. Zé Ney colocou em quadra seu time de “estrangeiros”, com Douglas, Rigner, Baiano – que esteve fora do primeiro jogo -, Luis Fernando e Murillo, todos vindos de Bagé. Douglas, goleiro linha, até abriu o placar para o Brasil. Mas o Dínamo adiantou a marcação, tirando o espaço para o toque de bola do Brasil e a constante utilização do goleiro linha, e equilibrou o jogo. Vinicius empatou em um chute do meio da quadra. Valdir Goggia, que comandou o time de fora do banco, utilizou a experiência de Andre Silva e o jogador fez a diferença para o Dínamo. Ele viu Keno, outro destaque, enquanto teve controle emocional, dar uma passe perfeito para Vinicius marcar o 2 x 1. Aos 6min. do fim, Andre esbarrou na bola e tirou Douglas do lance, fazendo 3 X 1, Dínamo. A 1min. do fim, André disparou a bomba e ampliou para 4 X 1.

Na etapa final, o Brasil tentou reagir, mas o Banespa soube administrar a vantagem construída no primeiro tempo. O jogo, porém era atrativo, com as equipes exigindo um grande repertório de jogadas e chances criadas. A beleza da semifinal, porém, foi manchada por um lance protagonizado pelos dois melhores jogadores em quadra. Keno, do Dínamo, e Murillo, do Brasil, foram para uma disputa que acabou em cusparada de um lado e cotovelada do outro. O lance gerou uma confusão generalizada e ambos acabaram expulsos. Dez minutos depois, o jogo recomeçou e Vinicius, goleador da partida, ampliou para o Dínamo. Antunes e William até descontaram para o Brasil, mas o Dínamo ampliou com Hilton e Jeison e venceu por 8 X 4, provocando a prorrogação.

O tempo extra começou nervoso para os dois times. O jovem William acertou a trave do Dínamo, mas foi Hilton, que aproveitou o erro do Brasil para abrir o placar para o Dínamo, fechando o primeiro tempo. Na etapa final, o Brasil trocou passes até encontrar espaços para o chute de Luis Fernando, empatando o jogo. André Silva salvou o Dínamo de levar o segundo gol e Jeison quase marcou o segundo. A 1min59, o Brasil trabalhou a bola com passes rápidos e Rigner disparou a bomba para vencer Marcão e fazer o segundo gol do Brasil na prorrogação. O Dínamo tentou pressionar no fim, colocou o fixo Lino como goleiro linha, mas a bola não entrou. O Brasil suportou a pressão.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.