Chuva prejudica visitação aos cemitérios

Movimento no Cemitério Público Municipal ficou em torno de 30% inferior em relação a anos anteriores. Missa ecumênica no Vale dos Sinos contou com expressiva presença do público

Capela do Cemitério Parque Vale dos Sinos ficou lotada durante missa ecumênica


Poucas pessoas enfrentaram a chuva para ir ao cemitério

 

A equipe de reportagem do jornal A Plateia percorreu os cemitérios da cidade, no feriado de Finados, para acompanhar as pessoas que foram até estes locais, com o objetivo de prestar homenagens aos seus entes queridos, seja com orações, flores ou acendendo velas.

Em virtude da chuva que teimou em cair durante quase todo o dia, o comparecimento ficou abaixo das expectativas, em comparação aos anos anteriores, mesmo assim, o mau tempo não foi empecilho para uma pequena parcela da comunidade.

Em cemitérios menores, como o caso daqueles localizados no bairro Cotito e Registro, o comparecimento foi praticamente nulo. Já no da Tabatinga, que recebeu serviço de limpeza por parte da equipe da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, nos últimos dias, as visitas, mesmo que esparsas, foram registradas ao longo da manhã e tarde.

 

 

Vander da Costa, Roberto Garcia e Marcio Ribeiro

No Cemitério Público Municipal, onde a circulação é tradicionalmente maior, o fluxo de pessoas ficou bem abaixo do esperado, segundo informações dos servidores Roberto Garcia (que há 22 anos trabalha no local), Vander da Costa (que há 15 anos desempenha suas funções junto ao espaço público), e o supervisor Marcio Ribeiro. “Neste feriado, pudemos verificar que o comparecimento de familiares e amigos daqueles que estão sepultados aqui ficou em torno dos 30%, em razão da chuva”, afirmou Roberto, que destacou o trabalho de limpeza feito pela Secretaria de Serviços Urbanos, para que o local estivesse em boas condições para receber o público. Ele também explicou que ao longo da última semana, algumas pessoas optaram por fazer suas homenagens antecipadamente, sendo também esperada a presença de outra parcela para os próximos dias.

A movimentação, por outro lado, no Cemitério Parque Vale dos Sinos, foi bastante significativa. Como nos anos anteriores, a capela sediou, pela parte da tarde, uma missa ecumênica, com a participação expressiva de familiares e amigos, cujos entes queridos estão sepultados no local. O público lotou as dependências, em uma cerimônia marcada pela emoção, pela oração e pelas homenagens àqueles que já partiram.

Com a melhora do tempo, no domingo, as visitações continuaram, e as pessoas que não puderam comparecer aos cemitérios no feriado, aproveitaram para realizar no dia de ontem.

Nos cemitérios do Cotito (proximidades da vila Santa Rosa – foto ao centro) e Registro (à esquerda), quase não houveram visitações. No da Tabatinga (direita), teve movimentação pública, porém, muito pequena

Prestando homenagens aos entes queridos

Rogério Xavier Armero, com Endriw Armero Arbelo, no cemitério da Tabatinga

Aqueles que enfrentaram a chuva, puderam, mais uma vez, cumprir o tradicional rito de prestar homenagens àqueles que já partiram, seja familiar e amigo, mas que permanecem vivos em seus corações.

Eliane Severo, Ema Pereira da Silva e João Batista Pereira da Silva foram até o mausoléu da família, no Cemitério Municipal, onde depositaram flores e, juntos, oraram com muito carinho, por aqueles que já partiram.

Gessi Custódio Tavares e José Tavares, com as mãos cheias de flores, a exemplo dos anos anteriores, percorreram os corredores do Cemitério Municipal, colocando flores nos túmulos de seus familiares, localizados em locais diferentes.

Rogério Xavier Armero, primeiramente, esteve no Cemitério Municipal para prestar suas homenagens aos seus familiares. Horas mais tarde, acompanhado do sobrinho Endriw Armero Arbelo, foi até o cemitério da Tabatinga, onde repetiu o ato, também em respeito a outros entres queridos.

Complementando a renda

Suly Vidal e Gabriel Silveira, Iracema Rodrigues e Sueli Rodrigues


Willian, Cledi, Neco e Ana Cleci da Rosa

O feriado, para alguns, foi de trabalho. Algumas pessoas aproveitaram a data para complementar a renda da família, vendendo flores, tanto naturais, quanto artificiais, em especial, em frente ao Cemitério Público Municipal. Porém, o tempo chuvoso e as visitações abaixo da expectativa não colaboraram para que as vendas fossem tão positivas quanto o esperado. Para não perder a oportunidade, os vendedores retornaram no domingo e estiveram, novamente, ao longo da calçada da Avenida da Saudade, assim como as floriculturas localizadas nas vizinhanças, que abriram suas portas para atender a clientela.

Apesar de não ter atingido as expectativas, a comercialização foi considerada boa por parte de vendedores, como as senhoras Sueli Rodrigues e Iracema Rodrigues, que há 12 anos trabalham no Dia de Finados, vendendo flores, e dos jovens Gabriel Silveira e Suly Vidal, há 3 anos na atividade.

A família Rosa, de Willian, Ana Cleci, Cledi e Neco, também esteve em frente ao Cemitério Municipal, comercializando flores, como já vem fazendo ao longo de vários anos, e apesar da baixa movimentação do público, pôde, mais uma vez, colher os frutos do exaustivo trabalho.

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