Programas destinados às mulheres foram foco de visita

Atividade integrou programação do segundo dia da visita técnica da Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul e em Sant’Ana do Livramento

Claiton Stumpf
Deputada se reuniu com representantes do IFSul para
conhecer o Programa Mulheres Mil Binacional

No segundo dia de visita técnica da Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul, em Sant’Ana do Livramento, a deputada estadual Marisa Formolo (PT), presidente do colegiado, conheceu, na manhã da última sexta-feira (14), o Centro de Referência da Mulher, que atende a uma média de 35 casos de violência ou pedidos de ajuda por mês.

Localizado em um prédio onde já funcionou um presídio, o Centro de Referência da Mulher oferece cursos de informática binacional, assistência jurídica e psicossocial. “A maioria dos casos que chegam até nós é de mulheres urbanas, porque se torna mais difícil às mulheres dos assentamentos se deslocarem até aqui. Mas os casos de violência no interior estão aumentando”, afirmou a coordenadora do Centro, Rosélli Ribeiro Ortiz.

Para a deputada, esse é um trabalho que precisa ser continuado e ampliado, com a captação de recursos estaduais e federais. “Existem muitos programas e é preciso que se busquem recursos para garantir a segurança e incluir essas mulheres”.

Também na manhã de sexta-feira (14), a comitiva conheceu o projeto Mulheres Mil Binacional, realizado pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul). O programa beneficia 18 uruguaias e 17 brasileiras em situação de vulnerabilidade social, com aulas e oficinas sobre Direitos da Mulher, Informática, Língua Portuguesa e Língua Espanhola; e o curso profissionalizante de Padaria e Confeitaria.

Marisa Formolo conferiu o curso de informática binacional, no Centro de Referência da Mulher

A primeira turma, que iniciou em outubro do ano passado, deve se formar na metade de julho. A partir do projeto, elas recuperaram a autoestima, aprenderam uma profissão e se tornaram cidadãs. “Diziam-me para não vir, que eu era muito velha e não ia aprender nada, mas hoje eu vejo que minha vida não é mais a mesma. Hoje, eu posso dizer que sou feliz e sei que ainda vai melhorar muito quando eu terminar o curso e começar a trabalhar”, afirma Ivani Mendonça, uma das mulheres atendidas pelo programa.

A deputada Marisa observou que, neste caso, as mulheres também devem procurar apoio nos programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, para melhorar a qualidade de vida. “Ao enfrentar tantas dificuldades, muitas pessoas desistiriam e se entregariam, mas essas mulheres deram uma demonstração de força e superação. O projeto Mulheres Mil Binacional é um indicativo de que a formação profissional é fundamental para o resgate da cidadania e para melhorar a vida das pessoas. Essa experiência precisa ser conhecida pelo mundo todo, pois é a integração dos povos em torno de um objetivo comum: retirar as mulheres de situações de risco”, avaliou.

 

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