Advogado que acompanhou depoimento fala de suas impressões

Apesar de ter acompanhado depoimento de Luan Barcelos da Silva, Gilbert Gisler não fará a defesa do acusado

O advogado Gilbert Gisler em entrevista em frente à 1ª Delegacia de Polícia

Na tarde de ontem, quando Luan Barcelos da Silva foi levado para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, foram designados pela subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil dois advogados para que acompanhassem a oitiva, tendo em vista que a Defensora Pública estava em audiência e até o momento Luan não havia constituído nenhum defensor.

“Fomos indicados pelo presidente da subseção, Marcio Couto, a colaborar com o trabalho que foi feito e validar a oitiva, feita pelos delegados Luiz Eduardo Finn e Róger Bittencourt Tavares”, afirmou o advogado Gilbert Gisler, que acompanhou o ato com o também advogado Raul Vieira.

Ao programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM, Gilbert Gisler contou suas impressões dos momentos que esteve com Luan.  

RCC FM: Ele voltou atrás em algumas das afirmações que já havia feito?

Gilbert Gisler: Não. Pelo que acompanhei pela imprensa, pelo jornal A Plateia, ele manteve a confissão. A única diferença é que ele contou com uma riqueza maior de detalhes, exatamente o que aconteceu em Livramento, como horários, itinerário e etc.. 

RCC FM: Ele não quer constituir advogado?

Gilbert Gisler: Não, ele não teve contato com sua família, inclusive nos pediu para que continuássemos no caso, mas quem deve decidir isso é a família. Parece que o Dr. Romeu teria sido contratado recentemente pela família. O Dr. Raul Vieira já fez contato com o colega, emitiu uma cópia do ato de hoje e parece que é mesmo o Dr. Romeu quem continuará no caso. Até há uma determinação para que ele seja transferido daqui e o Dr. Romeu vai tentar para que ele fique na Penitenciária Estadual de Sant’Ana do Livramento. 

A Plateia: O delegado referiu que ele estava muito seguro, muito certo do que estava falando, muito tranquilo. O senhor também percebeu isso?

Gilbert Gisler: Exatamente. O ato foi perfeito, não houve pressão, foi observado para ele o direito constitucional de ficar calado e só se manifestar sob juízo. Antes de ele ser ouvido, tivemos uma conversa particular, eu e o Dr. Raul Vieira. Conversamos com ele e salientamos todos os direitos que ele tinha, inclusive de não ser obrigado a falar. Perguntei a ele se estava ciente do que estava acontecendo, e ele disse que sim, e que como há diversas provas técnicas – filmagem, celular, roupas utilizadas naquele dia, passagem de ônibus, etc. – ele não ia ficar negando algo tão óbvio, com tantas provas. Futuramente, eu não sei, mas hoje ele falou sem pressão, tranquilamente, e estávamos ali apenas para regulamentar o ato. 

RCC FM: Em algum momento, ele referiu se agiu com outra pessoa?

Gilbert Gisler: Em momento algum. Ele disse que agiu sozinho, que precisava de dinheiro, tinha dívidas, uma arma emprestada, e agiu dessa forma. Num dado momento, ele demonstrou estar trêmulo, no meu entender poderia até estar acontecendo um arrependimento, começando a “cair a ficha”. 

RCC FM: Ele afirmou que a arma era emprestada?

Gilbert Gisler: É, ele disse que a arma não era dele, que um amigo, daqui de Livramento, havia pedido para ele guardar essa arma.

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