Um anjo e um demônio
Um guerreiro sabe que um anjo e um demônio disputam a mão que segura a espada.
Diz o demônio: “você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo”.
Diz o anjo: “você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo”.
O guerreiro fica surpreso. Ambos disseram a mesma coisa.
Então o demônio continua: “deixa que eu te ajude”.
E diz o anjo: “eu te ajudo”.
Nesta hora, o guerreiro percebe a diferença. As palavras são as mesmas, mas os aliados são diferentes.
Então ele dedica sua vitória a Deus. E, com a confiança dos valentes, escolhe a mão de seu anjo.
Tendo cuidado com os comentários
Um guerreiro sabe que as trevas utilizam uma rede invisível para espalhar seu mal. Esta rede pega qualquer informação solta no ar, e a transforma em intriga. Tudo que é dito a respeito de alguém, sempre termina chegando aos ouvidos dos inimigos dessa pessoa, acrescidos da carga tenebrosa de veneno e maldade.
Por isso, o guerreiro, quando fala das atitudes de seu irmão, imagina que ele está presente, escutando o que diz. Assim, desenvolve a arte da prudência e da dignidade.
E fica cada vez mais perto da luz que entrou pela sua janela, e agora ilumina toda sua alma.
Na estrada de Damasco
Um peregrino caminhava pela estrada de Damasco, quando um homem a cavalo passou por ele, e quase o atropelou. Assustado, percebeu que o cavaleiro tinha a expressão malvada, e as mãos cheias de sangue.
Minutos depois, outro cavaleiro aproximou-se a todo galope; o peregrino reconheceu Paulo de Tarso, cidadão romano, apóstolo de um movimento religioso chamado Cristianismo.
“Você viu um cavaleiro por aqui?”, perguntou Paulo de Tarso.
“Vi”, respondeu o peregrino. “Quem era ele?”
“Um malfeitor. Preciso alcançá-lo”.
“Para que? Para entregá-lo a justiça?”
“Não”, respondeu Paulo. “Para ensinar-lhe o caminho”.