14 de Julho empata com o Brasil em jogo marcado por péssima arbitragem
Francisco Neto usou de critérios distintos, inverteu faltas, não marcou pênalti para o 14 e minou jogadores com cartões
A tarde histórica do futebol santanense deveria ter sido marcada apenas pelo futebol, mas infelizmente os fatos que mais chamaram a atenção na primeira partida da semifinal pela Copa Hélio Dourado, foram os equívocos cometidos pela segurança fora do gramado e a arbitragem vergonhosa do trio comandado pelo pelotense, radicado em Porto Alegre, Francisco Silva Neto, o árbitro do jogo.
Dentro de campo, o 14 de Julho conseguiu ainda manter um fio de esperando ao sair de um resultado adverso de 1 X 0, empatando o jogo com o Brasil e chegando ainda vivo no jogo da volta em Pelotas, domingo que vem. O Brasil, porém, se deu melhor, pois empatou e ainda marcou gol fora de casa.
Já no primeiro minuto de jogo o árbitro do jogo mostrou que seu critério seria diferente para os dois times.
Ao Brasil, toda a falta cavada era marcada, enquanto para o 14, o mesmo lance era considerado normal. O jogo ficou mascado e o Brasil, com a posse da bola, impedia que o 14 se articulasse. Tenso e agindo com mais rigor com os jogadores do 14, o árbitro foi irritando atletas e torcedores no estádio. Aos 26min, o 14 chegou a marcar o gol. Foletti cruzou e Reinaldo, impedido, desviou de Luis Muller, o lance foi anulado. Matão tentou responder, com um chute de fora da área, mas Yai defendeu. Aos 40min, Gamela cobrou falta e Leo Paulista desviou por cima do gol. Aos 43min, Alex Amado arrancou e já dentro da área cruzou para Matão, mas Dakimalo salvou o 14.
Na etapa complementar, Vinicius entrou no 14 e Jonatan no Brasil. O panorama do jogo não mudou, com o Brasil, na base da troca de passes, mantinha a posse de bola, enquanto 14 tentava a ligação para Foletti e Reinaldo. Aos 10min Marcos Paraná cavou falta na entrada da área do 14. Ele bateu na barreira, mas Francisco Neto anulou o lance e ainda colocou a falta mais a frente, o que irritou a todos no 14 de Julho. Paraná chutou, a bola desviou em Lima e enganou Yai, 1 X 0 Brasil. o 14 então foi para a pressão e aos 15min poderia ter empatado se a arbitragem marcasse os dois pênaltis.
No cruzamento de Foletti, Gamela foi puxado pelo zagueiro Cirillo e no rebote, Dakimalo chutou e Jonathan cortou com a mão. O árbitro mandou seguir. O 14 seguiu insistindo e aos 29min, Foletti cruzou, Reinaldo ganhou de Cirillo, na primeira trave. Leo Paulista dividiu Washington e Dakimalo empurrou para as redes, era o empate do 14. Mas o árbitro Francisco Neto seguiu aprontando e aos 41min, em jogada de ataque, Leo Paulo foi puxado por Jonathan.
O arbitro marcou falta do zagueiro do 14 e lhe deu cartão amarelo ao zagueiro do 14, que está fora do próximo jogo. Na sequencia, atendendo sinalização do auxiliar, expulsou o lateral Gamela por reclamação. O jogo acabou em 1 x 1 e a decisão se transferiu para Pelotas, no dia 18. O grande espetáculo foi dado pela torcida, que apesar dos maus tratos colocou o maior público da história recente do 14 no Estádio, cerca de 3,600 pessoas para apoiar o time.
Torcedores deixam estádio sob bombas de efeito moral
Se dentro de campo, o árbitro Francisco Neto foi lamentável, fora dele o atuação negativa focou por conta da Brigada Militar. A confusão do efetivo escalado para a partida iniciou confusa e acabou pior ainda, a atuação de truculência contra torcedores do 14 de Julho.
A confusão da torcida do Brasil de Pelotas no deslocamento para Livramento, inclusive com tumulto em posto de gasolina em Dom Pedrito, acabou levando a Brigada Militar a mudar de posição. Na chegada ao Estádio o Tenente Pietro, responsável pelo policiamento e depois o Capitão Moura, avaliando o comportamento dos torcedores adversário, viram problema em deixar um torcedor ao lado do outro na arquibancada frente ao Pavilhão Social. Como no dia anterior, em vistoria com a direção do 14, a mesma Brigada havia liberado, a direção do 14 manteve o posição já definida e não abria mão de deixar a torcida organizada do 14 no lado menor da arquibancada. O impasse continuou e se estendeu das 13h20 até as 15h36min. Enquanto torcedores dos dois clubes se aglomeravam nos portões do lado de fora, dentro do 14 as discussões e negociações continuam dentro do gramado. A direção do 14 acabou cedendo e após uma reunião na secretaria do clube, resolveu tirar os torcedores do 14 da arquibancada e deixar no local apenas os torcedores do Brasil. As 15h45in, enfim os portões foram abertos para ambas as torcidas. O jogo estava confirmado.
No final da partida, tudo se encaminhava para uma saída tranqüila, quando duas bombas de efeito moral explodiram no meio dos torcedores do 14. O tumulto acabou ferindo crianças e promoveu uma grande correria entre os torcedores, que se mostraram indignados com a ação dos policiais que estavam dentro do gramado. Enquanto pais corriam para pedir socorro para os filhos, dois deles sendo atendidos pela ambulância da Unimed, com tonturas e com a visão comprometida pelo gás, os torcedores eram empurrados para fora do estádio pelo pelotão da Brigada. Fora do estádio a confusão continuou, enquanto os torcedores do Brasil, ainda no estádio, quebravam a arquibancada para jogar para dentro do campo. Quem deveria dar a segurança, acabou passando do ponto e manchando o espetáculo.
QUEM ACABOU MANCHANDO O ESPETACULO NÃO FOI A BM E SIM UM BANDO DE ANTI-SOCIAS QUE NÃO SABE SE COMPORTAR COMO GENTE. A BM ATUA INDEPENDENTEMENTE DA CAMISA DO TIME, ELA ESTA PARA MANTER A ORDEM PUBLICA. SE NÃO GOSTAM DA BM CHAMEM O BATMAN.