Família pede ajuda para construir banheiro
A família de Elza Cristina Ernesto Coelho, de 31 anos, vive em condições difíceis na rua Francelino Cursino dos Santos, no Parque São José. Mãe de seis filhos, ela vive com cinco deles em uma casa feita de lascão, uma espécie de madeira de compensado. Nos cantos, sem impedimento, a chuva e o vento invadem o ambiente. Mas a vontade de Elza é uma: ajuda para construir um banheiro na residência.
Diarista, Elza teria sido dispensada do último emprego, depois que o Conselho Tutelar ameaçou recolher a prole. Como passava o dia fora, as crianças ficavam sozinhas – a situação teria sido denunciada pelos vizinhos. “Eu ganhava R$ 25,00, que davam só para a comida”, aponta. A solução é adquirir os alimentos no armazém, fiado, e pagar quando dá.
O dinheiro do programa Bolsa Família, do governo Federal, é a única fonte de renda da família – formada por Elza e os filhos de 16, 15, 13, 11 e 9 anos, sendo a adolescente de 15 anos gestante de cinco meses. Ao todo, são R$ 166,00. “Apenas para pagar o feijão e o arroz comprados no armazém”, conta.
Na casa, não há roupeiro. As peças de roupas, geralmente doadas à família, acabam empilhadas, mal acomodadas, sujeitas à umidade. Mas o problema é diminuto se comparado à falta de banheiro na casa. “Eu queria ajuda ao menos para fazer um banheiro, porque precisar pedir para usar o banheiro dos outros é triste”, solicita Elza. Apesar de ser vizinha da mãe, ela não pede ajuda e não deixa as crianças pedirem. “Somente a luz, essa eu só tenho por causa dela”, confessa. Elza afirma não ter recebido um dos cobertores doados pela Prefeitura em diversas comunidades. Segundo ela, o Parque São José não teria cadastrado as famílias para o benefício.