Aprovados no concurso da Brigada Militar começam a deixar a cidade

A partir de hoje, centenas de santanenses deixam a Fronteira em busca de um futuro melhor

Danielle, Gisele e Gerson: santanenses fazendo carreira na polícia militar

Desde que o processo seletivo para a Brigada Militar iniciou, em janeiro deste ano, centenas de jovens santanenses passaram a se dirigir frequentemente a Porto Alegre para realizar as diversas provas que compuseram o processo seletivo deste ano. Antes que os filhos desta Fronteira deixassem, por pelo menos sete meses a cidade, a reportagem de A Plateia conversou com alguns deles, que estão entre ansiosos e nervosos frente à nova vida que terão pela frente.

Gerson Leal da Silva se inscreveu não com a intenção de passar e ser selecionado para a carreira, mas para ter noção de como funcionavam as provas, já que seu objetivo era a EsSa (Escola de Sargentos das Armas). “Tentei a EsSa em outubro, não passei, daí fiz a prova da Brigada como teste mesmo”, conta.

Gisele Quadros, também, nunca pensou em ser da Brigada Militar. “Quando abriram as inscrições para o Concurso, as pessoas me disseram que eu deveria fazer, porque tenho altura, etc”, explica Gisele, que não acreditou ter passado na prova escrita.

Danielle Vargas, por sua vez, já havia realizado a prova que ocorreu no ano de 2009, porém, naquele ano, não foi aprovada. A intenção dela sempre foi seguir esta profissão. “Gosto do trabalho, da função”, diz.

Junior Bittencourt ficará lotado na cidade de Sapucaia

Junior Bittencourt viu na carreira de policial militar uma oportunidade de agregar conhecimento e fazer uma carreira, já que cursa faculdade de Direito. “Estudei em casa. Quando soube da aprovação, foi um momento de muita satisfação”, conta ele.

Em relação à aprovação na prova escrita, em que aproximadamente 25 mil pessoas participaram em todo Estado, Gisele ressaltou que, além do resultado trazer felicidade, assustou também, pois viriam outros diversos processos seletivos. “Vivemos todo esse ano em função do concurso da Brigada Militar”, contaram.

Após a prova escrita, os concorrentes passaram por um exame médico. Junior Bittencourt conta que foi a fase em que ele ficou mais apreensivo. “Essa era a parte que não dependia exclusiva e unicamente de mim, vários fatores poderiam interferir no resultado. Nos outros exames, eu fui mais tranqüilo, porque eu sabia que estava preparado, tinha treinado para isso”, destaca.

Todas as etapas do processo seletivo foram realizadas na cidade de Porto Alegre, o que foi um empecilho a mais para os concorrentes: os custos com as viagens e os exames médicos eram por conta dos próprios candidatos. “As idas a Porto Alegre eram muito desgastantes, tanto pela viagem quanto pelos custos. Os exames médicos somaram cerca de R$ 700,00, todos com curto prazo para serem realizados”, relatam.

A prova física baseou-se em corrida, abdominal e apoio para as mulheres; e, para os homens, ao invés do apoio, eles tiveram de fazer barra. Após a prova física, veio o exame psicológico, dividido em duas etapas. “Fomos duas vezes a Porto Alegre. Na primeira vez, realizamos testes coletivos e, na segunda, realizamos uma entrevista.

Essa foi a parte que mais surpreendeu o pessoal, pois rodaram mais de 930 pessoas nessa fase”, conta Danielle Vargas. A primeira turma viajou durante a madrugada de hoje para Porto Alegre, onde fará apresentação ao Governador Tarso Genro e, logo após, irão se dirigir à cidade selecionada.

A partir dessa seleção, futuros policiais terão nova rotina, em curso com duração de 7 meses

Gerson irá para a cidade de Pelotas, Junior ficará em Sapucaia e Gisele e Danielle ainda não sabem onde ficarão. O curso terá duração de sete meses, ou seja, os futuros policiais militares só serão efetivamente profissionais após o dia 21 de abril.

Desde o momento em que abriram as inscrições, os jovens contam que não pensam em outra coisa. “Quando nos encontramos, é só para falar na Brigada. É impressionante”, contam eles, que, após várias viagens juntos, tornaram-se amigos.

Mulheres 

Segundo os candidatos, a participação das mulheres nesse concurso foi muito grande. “Muitas mulheres participaram. Porém, algumas não passaram no exame médico e nem na prova física”, conta Danielle.

A preparação para o exame físico durou cerca de dois meses, e teve o apoio do Segundo Regimento de Polícia Montada de Sant’Ana do Livramento, que cedeu o local para que os candidatos pudessem realizar os treinamentos e auxiliou com dicas dos oficiais e simulados.

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