Comerciários discutem na noite de hoje pauta de reivindicações para 2012

Encontro acontece a partir das 18h30 na Sala de Cultura de Livramento

João Carlos Gonzales, presidente do sindicato dos comerciários está convocando à categoria para a assembléia

Acontece na noite de hoje, a partir das 18h30 a primeira atividade que reúne os comerciários neste ano de 2012, na pauta da reunião, entre outros assuntos a proposta de reivindicação salarial da categoria e a equiparação ao salário mínimo regional.

Em um primeiro momento acontece a prestação de contas do sindicato e também será debatido o dissídio da categoria comerciária. “Nossa data-base é junho, então sempre chamamos com antecedência para atender a uma norma do Ministério do Trabalho, que diz que temos que chegar a época do acerto com os passos definidos, apesar de ser muito difícil, até porque a própria inflação do período ainda é indefinida, hoje mesmo temos somente até o mês de fevereiro, nos falta março, abril e maio” destaca inicialmente João Carlos Gonzales, presidente do Sindicato dos Comerciários de Livramento. Conforme ele acrescenta o cálculo da pedida é baseado na inflação do período mais o ganho real. E ainda se discute algumas cláusulas sociais e também financeiras, como questões relevantes como o auxílio-creche que entrou na pauta de discussões no ano passado.

A Plateia – Como estão as tratativas com os empregadores aqui na cidade?

João Carlos - Ainda estamos em dificuldades para acertar questões relativas a salário com os representantes das farmácias, que não conseguimos fechar ainda e continua também o impasse com os representantes do Hipermercado Big, até há uma pré-negociação acontecendo em Porto Alegre por parte de nossa federação com o advogado da Wall Mart, Antônio Barreto, mas há sim uma grande dificuldade de fechar as negociações com essas duas representações.

A Plateia – Na sua opinião o aumento aqui na cidade deve acompanhar o piso regional que chegou a casa dos 14%?

João Carlos - Eu acredito que não vamos chegar a tanto, mas estamos preocupados com o seguinte: em janeiro do ano que vem teremos um novo valor para o piso regional e este valor ficaria defasado. Então estamos pleiteando hoje é que possamos acompanhar a valorização do piso regional, claro com um pouco mais, como sempre foi. Ainda não temos um índice, mas em torno de 10% a 15% por cento, ou até mesmo 20% mas tudo vai ser resolvido na mesa de negociações. Hoje debateremos esta questão com os trabalhadores e dai tiraremos uma proposta para apresentar aos empregadores. Na verdade já temos uma proposta para apresentar a classe patronal, mas na assembleia poderemos chegar a um novo denominador, ouvindo as ideias dos presentes.

Piso regional passa a R$700,00

O governador do estado Tarso Genro sancionou no final da tarde desta terça a lei que reajusta em 14,75% o valor do salário mínimo regional no Estado. Com o aumento, o piso passa a ser de R$ 700 na faixa inicial, com efeito retroativo a 1ª de março.

Veja abaixo as principais atividades que englobam cada uma das quatro faixas de salário:

Faixa 1 – de R$ 610 para R$ 700

Trabalhadores da agricultura e da pecuária, indústrias extrativas, de empresas pesqueiras, empregados domésticos, em turismo e hospitalidade, nas indústrias da construção civil, nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos, em estabelecimentos hípicos e motoboys.

Faixa 2 – de R$ 624,05 para R$ 716,12

Trabalhadores nas indústrias do vestuário e do calçado, de fiação e tecelagem, de artefatos de couro, de papel, papelão e cortiça, em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas.

Faixa 3 – de R$ 638,20 para R$ 732,36

Trabalhadores na indústria do mobiliário, químicas e farmacêuticas, cinematográficas, de alimentação, empregados no comércio em geral e empregados de agentes autônomos do comércio.

Faixa 4 – de R$ 663,40 para R$ 761,28

Trabalhadores na indústria metalúrgica, mecânica e de material elétrico, gráfica, de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana, de artefatos de borracha, em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito, de edifícios e condomínios, das indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas, de auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino), empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional.

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