Novo juiz assume a Vara Criminal

Em virtude da saída da juíza Tania da Rosa, o pelotense Frederico Conrado começa hoje no Fórum da Comarca

Livramento será a segunda Comarca do juiz Frederico Menegaz Conrado

Otimista e animado com a receptividade santanense, o juiz Frederico Menegaz Conrado chegou à cidade, nesta semana. Aprovado recentemente no concurso da Magistratura, Conrado encara o desafio de assumir o lugar ocupado durante 19 anos pela juíza Tania da Rosa. Esta é a segunda Comarca do juiz substituto, que trabalhou no Fórum de Dom Pedrito entre outubro de 2010 e agosto deste ano.

 

Nascido em Pelotas, Conrado tem 31 anos e é filho de professores “de física, da área de Exatas”. Ele conta que a vontade de atuar no Direito surgiu ainda na escola, quando precisava “equilibrar as coisas”. “Eu tinha a visão do aluno, e também tinha a visão do professor. Isso me fez pensar no Direito”, justifica. O juiz tem, ainda, um irmão médico – e uma noiva juíza, do mesmo concurso, que assume hoje também na Comarca de Espumoso.

Formado em 2004 pela Universidade Católica de Pelotas, Conrado passou a viver em Porto Alegre, preparando-se para o concurso da Magistratura. Advogou e atuou como assessor jurídico de um juiz das Turmas Recursais e de um desembargador no Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS).

Entrevista

A Plateia – Qual a expectativa para o trabalho na Vara Criminal?

Juiz Frederico Conrado - A expectativa é normal. É uma Vara tranquila, o número de processos é natural, não é uma vara estourada, nem com pouco processo. Está bem organizada, porque a juíza Tânia estava aqui há 19 anos na mesma Vara, e isso faz com que o trabalho venha bem organizado e possibilita que projetos jurisdicionais sejam desenvolvidos durante algum tempo – o que é muito bom para a qualificação do serviço.

A Plateia – Como vê a situação do Judiciário hoje?

Juiz Frederico Conrado – O Judiciário passa por um momento difícil, de descrédito, tendo em vista, principalmente, a demora de conclusão dos processos. Essa demora pode ser um pouco atribuída ao próprio Poder Judiciário, que tem a melhorar ainda, mas também às leis, que fazem com que os processos sejam truncados, com várias possibilidades de recursos. Isso faz com que os processos demorem e caia (o Judiciário) em descrédito da população. E com esse descrédito o Poder Judiciário sofre consequências.

A Plateia – Há solução?

Juiz Frederico Conrado – Tem. O processo eletrônico, a virtualização dos processos. É a saída que está se traçando e eu sou bem otimista com o ingresso do processo eletrônico. Acho que vai modificar bastante.

A Plateia – Quais são seus planos?

Juiz Frederico Conrado – Eu estou muito no começo da carreira, não me classifiquei ainda. Hoje posso dizer que eu pretendo fazer carreira, então, ir galgando comarcas até chegar a Porto Alegre, mas a gente nunca sabe o que a vida vai nos trazer. Geralmente é assim, a gente começa querendo traçar uma carreira e chegar até desembargador, mas no meio do caminho surge a família, surgem outros objetivos, que só a vida vai me dizer.

A Plateia – O que achou da Fronteira da Paz?

Juiz Frederico Conrado – Eu conhecia a Fronteira, vim quando criança jogar golfe no clube Campestre e no Cuñapiru, em Rivera. Depois, quando morei em Dom Pedrito, vim fazer compras. Há duas semanas, logo em seguida que fiquei sabendo da minha designação para atuar aqui, eu vim visitar a Comarca. Nesse dia, fui muito bem recebido, acolhido de uma maneira muito carinhosa pela juíza Tania e por outros colegas. Ontem, minha vinda oficial, eu cheguei e todos os meus colegas me receberam muito bem. Estou adorando este começo de vida aqui em Livramento.

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