Praticidade para quem está a pé

Cliente prefere a praticidadeda prateleira ambulante

Filha de Dona Ana experimenta o óculos novo no stand de Michael Azevedo

O mercado de rua da cidade é movimentado. Na verdade, as ruas é que são movimentadas – dependendo do ponto de vista. De qualquer forma, o movimento de transeuntes no centro é bom para quem vende na rua, na medida em que não é em todo lugar que passam tantos pedestres como na Rua dos Andradas, principalmente, nas primeiras quadras, que concentram grande parte do movimento da cidade.

Assim como muitos param para comprar objetos como os destacados na matéria da página sete (7), outros param para fazer o lanche nos diversos carrinhos de cachorro-quente que existem pela cidade e pela Fronteira. Há, por vezes, a preferência desse tipo de informalidade por parte dos consumidores, que não usam os serviços de lancherias, mesmo com a possibilidade de sentarem-se na calçada onde ficam suas mesas; assim como trocam a entrada em uma loja pela parada rápida em frente ao vendedor ambulante para observar os utensílios que estão à sua frente.

Mais que informal, é prático

Os serviços prestados nas ruas, na verdade nas calçadas, porque quem trafega nas ruas são os carros, motos, caminhões e pedestres quando cruzam de um lado para outro das calçadas, parecem mais práticos para muitos fronteiriços. Basta parar e pedir o cachorro-quente predileto, basta parar para trovar o ambulante e conseguir um preço mais baixo no óculos. Aliás, foi um óculos que a filha da empregada doméstica Ana Chagas, 40 anos, comprou no “bazar” de Michael de Oliveira Azevedo, aquele que veio de Montenegro (RS) para trabalhar na Fronteira da Paz por sugestão de um conterrâneo, que é de Sant’Ana do Livramento.

A praticidade de compra parece ser a alma do negócio para Ana Chagas: “É mais prático, porque tu chega e está o preço, fica mais prático para comprar”. Outro ponto favorável às vendas na rua, para ela, é o fato do atendimento ser diferenciado: “Às vezes, não te atendem bem (nas lojas), demora, às vezes tu chega num local e fica uns 20 minutos esperando. No fim tu sai até, tu desiste”, decreta.

De acordo com o artesão Sérgio Greno, “tem clientes que, de repente, não entram em uma loja pelo tamanho que é e pode fazer (parecer o produto) mais caro, mas o preço é o mesmo na rua e na loja”, comenta. Entretanto, Greno confirma as vantagens tanto para a clientela, quanto para os vendedores em relação ao comércio nas calçadas: “e na rua está de passada, é mais rápido para as pessoas para chegar e comprar, pois te veem continuamente, todos os dias, e na loja isso não acontece”, conclui.

Marcel Neves
marcelnm@jornalaplateia.com

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