Contagem regressiva para os próximos leilões

Visão parcial do complexo eólico Cerro Chato, o primeiro, segundo a comunidade espera, dos diversos investimentos potenciais na campanha gaúcha, em âmbito de Sant’Ana do Livramento

A energia eólica terá a maior quantidade de empreendimentos e de megawatts (MW) sendo oferecidos nos leilões de energia marcados para os dias 17 e 18 de agosto. A informação foi confirmada ontem pela assessoria de comunicação do Ministério das Minas e Energia, respondendo a questionamento feito na sexta-feira pela reportagem do jornal A Platéia.

Dos 321 projetos habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para os certames, 240 são parques eólicos e, dos 14.083 MW a serem ofertados, 6.052 MW, ou quase 43 por cento, referem-se a essa matriz.

A importância do acompanhamento, por parte dos santanenses, desses pregões se dá em função dos projetos existentes de ampliação do parque eólico da Usina Cerro Chato, bem como possibilidades de instalação de novos parques na Coxilha Negra e Cerros Verdes, entre outros, haja vista a existência de projetos nesse sentido já habilitados.

Ademais, é preciso rememorar uma informação que a RCC FM transmitiu com exclusividade há pouco mais de um mês, quando da visita do presidente da Eletrobras ao complexo Cerro Chato. José da Costa Carvalho Neto foi textual ao dizer que mesmo não havendo vitória da proposta da empresa, via Eletrosul, nesses pregões, a companhia vai investir em um outro parque em Sant’ Ana do Livramento.

Nesse leilão, a oferta total de energia habilitada nos leilões equivalem a uma usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do país, localizada na divisa entre o Brasil e o Paraguai.

Ambos os leilões têm como foco o abastecimento de energia a partir de 2014. No dia 17 de agosto será realizado o leilão A-3 e, no dia seguinte, o de energia de reserva, que funciona como uma espécie de colchão de segurança, permanecendo em “stand-by” para ser acionada em casos de necessidade.

A EPE também habilitou 10 usinas termelétricas movidas a gás natural, com capacidade somada de 4.388 MW, e 43 térmicas a biomassa, com potência de 2.750 MW.

Participarão ainda dos leilões 27 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com 443 MW, e a expansão da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), com mais 450 MW.

Segundo a EPE, a maior parte dos 321 projetos habilitados se cadastrou para os dois leilões. O A-3 é aberto a todas as fontes inscritas, enquanto o leilão de reserva é voltado para biomassa e centrais eólicas.

Vencerão a disputa pelos contratos de venda de energia as usinas que oferecerem os menores preços. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fixou o preço-teto do A-3 em 139 reais por megawatt-hora (MWh) e em 146 reais o MWh o valor máximo para o leilão de reserva. A expansão de Jirau terá um teto específico, de 102 reais por MWh.

 

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