O último adeus ao radialista Valdir Penedo

Familiares e amigos prestaram sua última homenagem ao homem que, com sua voz, marcou o rádio Santanense

“Penedo era um locutor completo. Eclético”. Essa foi uma das frases emocionadas, citadas na despedida ao radialista santanense na manhã de ontem. Valdir Penedo faleceu na tarde da última quarta-feira, 14. Foi velado na Loja Maçônica Saldanha Marinho, onde familiares e amigos se juntaram para acompanhar o velório.

O momento de tristeza era dividido com boas lembranças daqueles que também fizeram parte da vida do radialista, que foram testemunhas do nascer da voz marcante até seus últimos dias de vida. A família lhe ofereceu o maior conforto em retribuição ao carinho incontestável de pai que ultrapassava as portas de sua casa, pois era reconhecido como um homem solidário, prestando a assistência que estava ao seu alcance, aos necessitados.

Na manhã de ontem, homenagens foram prestadas a Penedo. Antes do seu enterro, às 11h, vários populares começaram a se juntar em frente à Loja Maçônica para acompanhar o cortejo. Antes do caixão ser fechado, os últimos olhares da família e colegas de trabalho mostravam a falta que ele fará, como homem, como trabalhador. No caminho, alguns cumprimentos aos familiares eram vistos. Todos se juntaram em torno de seu túmulo para uma última homenagem. Uma grandesalva de palmas ecoou nos corredores do cemitério, onde agora descansa mais um homem que dedicou a sua vida a levar informação aos santanenses.Segundo o radialista, amigo e colega Antônio Carlos Valente, Penedo era um homem alegre, que amava a vida. Ele brincava, não desconhecia ninguém, cumprimentava sem exclusão social e se emocionava fácil. Conhecido muito por ser um homem metódico, ele chegava às 7 horas, tomava seu chimarrão e delegava funções. Saía para fazer sua publicidade que dizia ser, o que sustentava uma rádio. “Honesto e ético” descreveu. No fim da tarde retornava à rádio para apresentar o programa que levava seu nome.

De muitas histórias de Penedo uma no começo da carreira mostra o quanto ele marcaria o rádio com seu timbre, voz e locução.

“Na Rádio Cultura uma vez estavam fazendo rodízios de locutor titular e quando a voz de Valdir desapareceu do meio-dia, os pecuaristas liderados por Heitor Duarte, fizeram um abaixo-assinado para trazê-lo de volta. Foi um dos primeiros grandes momentos da carreira do meu amigo”, completou.

22/03/1948 - 14/05/2014

Radialista Antônio Carlos Valente, Comentarista Sérgio Belmonte e o narrador Waldir Penedo transmitindo o jogo do Grêmio Santanense contra o Internacional, partida válida pelo Gaúchão no início dos anos 90.

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