Ecologia é foco central de cavalgada no Ibicuí d’Armada

CEDIDA-FELIPE ROSA/EMATER Cavaleiros da ecologia realizaram percurso no dia 8 de outubro, sábado

O tempo feio não assustou os cavaleiros que participaram da 12ª Cavalgada Ecológica do Ibicuí da Armada no sábado, 8 de outubro. Com bandeiras e garbo, percorreram a localidade os moradores dos assentamentos da Faxina, Madureira, bem como integrantes da comunidade quilombola do Ibicuí, realizando o desfecho do projeto de educação ambiental levado a efeito ao longo deste ano pela parceria constituida entre Regional e Escritório da Emater em Livramento e comunidade da Escola Rafael Vieira da Cunha.

A Cavalgada é promovida pela Emater/RS-Ascar, Escola Municipal Rafael Vieira da Cunha, Secretaria Municipal de Agricultura e moradores das localidades Ibicuí da Armada, Madureira e Faxina, com apoio do Conselho Municipal do Meio Ambiente. Em torno de 200 moradores das localidades já referidas participaram do evento, realizando um trajeto mesmo sob a ameaça de chuva forte e temporal.

Ao longo do percurso, realizaram o recolhimento do lixo da região, afixaram placas de alerta nas propriedades, enfatizando a relevância dos cuidados com o meio ambiente e recursos naturais.

A diretora da Escola Rafael Vieira da Cunha, Jurema Saraiva, nota um crescimento significativo na educação dos alunos desde a implantação do projeto. “Eles não atiram mais papel no ônibus e no chão da escola, não existe falta de cuidado e nem depredação do patrimônio. Eles estão desenvolvendo a cidadania”, disse.

Mesmo com tempo nublado e perspectiva de chuva, cerca de 200 pessoas participaram das atividades

A Escola Rafael Vieira da Cunha é o polo do projeto ambiental desenvolvido há 12 anos na comunidade Ibicuí da Armada. Lá, os 132 alunos aprendem como preservar a natureza, através de feiras do meio ambiente e de ciências, que buscam reforçar temas como reciclagem, água e a problemática da poluição.

Sem poluição

Segundo a assistente técnica regional da Emater/RS-Ascar, Jacqueline Bragança, o processo de conscientização da população destas comunidades foi feito de forma gradativa. “Aos poucos, cada um começou a entender o seu papel e a importância de não poluir. Depois de algum tempo, aqueles que atiravam lixo na estrada começaram a se sentir constrangidos e também mudaram”, destacou Jacqueline, ao lamentar que ainda há moradores da cidade que vão ao interior do Município para fazer o descarte de lixo.

O projeto de educação ambiental tem como objetivo estimular a comunidade rural a ser parte integrante e transformadora do ambiente, contribuindo para a sua melhoria. Neste contexto, busca adotar posturas que levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis. O trabalho também busca compreender a importância de atitudes individuais e coletivas para a preservação, conservação e uso racional dos recursos do planeta, e visa reaproveitar e utilizar o lixo seco e orgânico.

Rumo certo

De acordo com Nei Xavier, morador da comunidade Ibicuí d’Armada, as mudanças são consideráveis desde o início do projeto. “Antes, a gente via papel e sacola atirada por tudo. E isso juntava muito inseto. Hoje, a gente não vê mais isso. Estamos no rumo certo” – celebra.

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