Agentes federais protestam contra a burocracia na Segurança Pública
Movimento acontece apartir de hoje e deve se estender até a próxima quinta-feira
Nos dias 11, 12 e 13 de março, ocorre mais uma paralisação nacional dos agentes, escrivães e papiloscopistas federais. O ponto alto do evento acontece na quarta-feira (12), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde haverá uma passeata com centenas de policiais de todas as partes do país, com enormes elefantes brancos infláveis, que segundo os policiais, simbolizam a burocracia e a politicagem na Segurança Pública.
A categoria protesta por uma Segurança Pública eficiente, padrão FIFA. Denunciando que servidores burocratas, segundo eles, sem experiência operacional em campo estão sendo indicados por critérios políticos para planejarem e coordenarem a segurança da Copa 2014.
Os agentes federais estão preocupados, pois segundo eles, “a cúpula do governo aparenta estar mal assessorada, sem noção da realidade”, avaliaram. “Na tomada de decisões, policiais especializados e experientes em campo não são ouvidos, e devido às falhas gerenciais, o que se observa é uma tendência emergencial à militarização, com tanques e fuzis apontados para os brasileiros”, acrescenta a categoria.
Para os investigadores experientes, acostumados a produzir anonimamente as grandes operações da PF, as maiores fragilidades da Segurança Pública no Brasil estão nas Fronteiras e nos aeroportos. “Nestas duas frentes o que se observa são falhas graves de gestão, enquanto são gastos milhões em soluções maquiadas para inglês ver. Enquanto compras milionárias de equipamentos luxuosos são anunciadas como soluções, a Polícia Federal continua em crise, e as Fronteiras do país continuam abertas para o tráfico de drogas e armas. Devido à politicagem na Segurança Pública, a sociedade brasileira sofre com o aumento da violência e da criminalidade, que aterrorizam toda a população”, destacaram.
Sobre os gastos com a Segurança dos Grandes Eventos, os policiais federais avaliaram que o foco deveria ser para o investimento permanente nas estruturas das polícias. Porém, segundo eles, devido a uma péssima gestão, grande parcela será gasta em segurança privada, sem licitação, ou diárias e passagens para os milhares de policiais que vão ser deslocados sem necessidade de suas cidades de origem, onde as populações ficarão mais vulneráveis à criminalidade.
“Isso alimenta a irresignação dos policiais federais que lutam por uma mudança na estrutura da segurança pública”, avaliaram.