Turista, unido..

Foi uma demonstração muito pontual de que o Brasil de hoje não é mais aquele da tolerância e da passividade. Turistas foram os protagonistas de uma mobilização, que surgiu ao natural, diante do deficiente atendimento que a Inspetoria da Receita Federal está prestando quando o número de cidadãos aquisitores de importados aumenta. 

Grupos entre os mais de 100 turistas que aguardavam desde a metade da manhã de sábado, na frente do prédio da Receita, para realizar os trâmites para o recolhimento do DARF, pertinente aos tributos sobre as compras em Rivera, ou seja, importação, simplesmente decidiram atacar os automóveis que trafegavam pela João Goulart e avenida Paul Harris. Trancaram as ruas na linha divisória – pois o atendimento na Receita finda às 20h, diariamente – em nome de seus direitos. Em nome do direito de ser bem atendido e que esse atendimento seja célere.
Há muito, espoucam os comentários de que a União não investe nas fronteiras como deveria, e isso é histórico, se for considerada a realidade em que se processam os meios de desenvolvimento de outras partes do Brasil, há muito que Livramento e a Metade sul não recebem os olhares efetivos do Planalto, é difícil prevêr melhorias aos vários setores sociais.
Na prática, os turistas que protestaram, o fizeram conscientes de que é de fundamental importância que os setores públicos efetivamente realizem as tarefas de acordo com o desejo de quem consome seus serviços.
Inadmissível não protestar, pois, sob até mesmo em algumas circunstâncias bem menos complexas, os efeitos da mobilização se traduzem nos maiores desafios que estão colocados, do contrário não seria constatável que o crescimento dos protestos gerou um debate nacional.
Afinal de contas, só para relembrar o passado, manifestações já conseguiram resultado distinto como decorrer do tempo. Elas erigiram políticas, sustentaram ditadores, mas também os derrubaram. Elegeram presidentes e fizeram com que também recebessem o impeachment.
Certamente, esta notícia repercutirá no cenário nacional, chamando a atenção para Sant’Ana do Livramento, e a Secretaria Nacional da Receita deverá ordenar providências a sua representação no Rio grande do Sul, que tome providências mais efetivas.
Até lá, turistas unidos jamais serão vencidos!

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