Manifestação à noite

Acadêmicos da Unipampa protestam por melhores estruturas no campus 

Ventiladores, piscinas, entre uma serie de outros objetos foram usados por estudantes da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) em Livramento para chamar a atenção da Reitoria à situação no campus local. Necessitando urgente de uma nova rede elétrica e suporte de energia, as instalações da faculdade passam por reformas e, inclusive, há uma parte da obra paralisada em função de incidente verificado em dezembro. Usar aparelho de ar condicionado e projetores, em uma boa parte das salas de aula é impossível, pois a rede de energia não dá suporte. Além disso, as condições estruturais do prédio ainda são insuficientes para o crescimento registrado em número de alunos e professores.

Falando como porta voz de todos os acadêmicos, o presidente do Diretório Edson Gonçalves repetiu que a necessidade de reforma elétrica urgente no campus se justifica pelas próprias características climáticas na cidade, com temperaturas que oscilam de 40 graus no verão a graus negativos no inverno. “Se a atual rede elétrica não suporta que sejam utilizados os aparelhos de climatização – hoje em estado obsoleto, pela proibição, por segurança, de seu uso – o processo de aprendizado, como um todo, fica prejudicado” – pondera.

 

 

Carta de Manifesto da comunidade acadêmica da Universidade Federal do pampa – Campus Santana do Livramento.

Nós, membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Pampa – Campus Santana do Livramento, entendemos que desde a criação da nossa universidade, demandas urgentes vem sendo proteladas. É importante ressaltar que o campus apresenta falhas estruturais que denotam uma desigualdade no desenvolvimento em relação aos demais campus da Unipampa. O plano de expansão e qualidade não está sendo trabalhado como deveria, pois ampliar o acesso e a permanência na educação superior deve ser uma prioridade. Porém, na nossa universidade esse plano se transforma em um projeto de expansão que prioriza números e não garante a devida forma de permanência dos estudantes nestes novos espaços, bem como a qualidade do ensino, pesquisa e extensão oferecidas, haja vista a destinação insuficiente de recursos ao campus Santana do Livramento.

Externamos a preocupação com o nosso campus por ser o único da UNIPAMPA no qual não existe a possibilidade de expansão de estrutura dentro do próprio terreno. Este fato denota a desigualdade com os demais campus, alguns com mais de vinte hectares para construção e ampliação das condições de infraestrutura acadêmica. A falta de informações a respeito dos prazos para que tenhamos acesso ao restaurante universitário, bem como de perspectivas a respeito da construção de uma moradia estudantil em terreno próprio também frustram nossas expectativas a respeito do futuro do nosso campus, e também refletem um atraso em relação aos demais nove campus, que possuem perspectivas concretas da construção da moradia em terreno próprio. Entendendo que a aquisição de um prédio centenário foi um fator que se desdobrou em várias limitações para o nosso campus e que nos condiciona a um crescimento limitado, solicitamos como movimento estudantil unificado que a gestão pense de uma forma visionária e procure buscar espaços para a expansão da Universidade, visto que as obras de expansão do prédio anexo tem uma limitação máxima e não queremos ver nossa Universidade com falta de pensamento para o futuro. Salientamos que as próximas decisões devem assegurar a ampliação dos cursos de graduação e pós-graduações e o acesso de qualidade ao ensino, com laboratórios, salas de estudo, sala de reuniões, espaços para diretórios e centros acadêmicos, espaço para convivência, dentre outros.

Inicialmente, queremos pautar a necessidade de solicitações imediatas para o campus no que diz respeito a reforma elétrica, pois o atual quadro preocupa toda a comunidade acadêmica, por apresentar riscos de acidentes. Mais de oitocentas pessoas circulam diariamente pelo campus, estando expostas a perigo eminente de acidentes, o que se comprova pelos recorrentes casos de pequenos incêndios nas partes elétricas do campus, superaquecimento da fiação e quedas de energia, etc.

A necessidade de reforma elétrica urgente no nosso campus se justifica pelas próprias características climáticas de nossa cidade, na qual as temperaturas oscilam de 40 graus no verão a graus negativos no inverno. Se a atual rede elétrica não suporta que sejam utilizados os aparelhos de climatização – hoje em estado obsoleto, pela proibição, por segurança, de seu uso – o processo de aprendizado, como um todo, fica prejudicado. A aquisição e instalação de bebedouros – tanto convencionais quanto para cadeirantes no subsolo e no 2º andar também são pautas urgentes, pois não faz sentido que uma universidade com quase mil alunos tenha apenas um bebedouro.

Outra questão que precisa ser revista é a do acesso à internet, pois as instalações do subsolo e da casa do estudante ainda contam com sua ausência. As demandas expostas nesta carta são produto da mobilização estudantil do nosso campus, contando com o apoio dos diretórios acadêmicos do campus, da União Estadual do Estudantes Livre e da União Nacional dos Estudantes. Engajados na luta por um ensino público de excelência, pedimos que nossas demandas sejam respondidas de imediato.

Nosso apelo mais direto é à reitoria, pois é necessário que esteja latente que a reforma elétrica do campus Santana do Livramento necessita ter prioridade de resolução dentre outras pautas da universidade, pelos motivos já mencionados nesta carta. Caso não tenhamos respostas diretas da reitora, indicando o mais breve possível, quando e como serão efetuadas nossas revindicações, manifestamos que os alunos irão realizar greve por tempo indeterminado.

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