Uma reunião, na noite de segunda-feira, na Sala Cultural, reuniu, pelo menos, duas das representações das forças da cultura gaúcha para debater em torno de temas afetos, como realizações de rodeios e da Campereada. O encontro, segundo avaliações de uma fração de pessoas presentes, não rendeu resultados efetivos em termos de avanços, em função dos debates terem sido polarizados sobre outras questões.

O motivo principal para as queixas que surgiram diz respeito ao não entendimento entre lideranças de duas forças do segmento, Rui Rodrigues e Sérgio Munhoz, com posições diametralmente divergentes. Eles protagonizaram amplo debate sobre temas inerentes à organização das representações diretamente envolvidas nos eventos.

A troca de argumentos, oras mais serena, oras mais veemente, entre um e outro, foi constante, com a busca, por parte de um e outro de estabelecer seus posicionamentos, permeou praticamente toda a segunda etapa do encontro, que foi aberto pelo prefeito em exercício Edu Olivera, estando presente o secretário de Administração Fabrício Peres, e com as participações de diversos patrões e representantes de entidades tradicionalistas locais, algumas ligadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que têm em Rui Rodrigues, como ex-coordenador da 18ª Região Tradicionalista e conselheiro do Movimento, seu principal referencial; e outras integrantes do grupo do presidente da Coordenadoria Municipal do Tradicionalismo, Sérgio Munhoz, também próximo à recentemente criada Federação do Laço, antagônica ao MTG.

Cada um dos protagonistas apresentou seus argumentos, buscando explicar sua respectiva postura e a atitude estabelecida por meios institucionais, na condição de representante setorial.

O debate mais acirrado versou em torno de questões como Semana Farroupilha, rodeios e Campereada, assim como elementos do calendário de eventos e programações que estarão sendo desenvolvidos em âmbito local.

Os entendimentos diferenciados e as posições divergentes entre Munhoz e Rodrigues vêm se acentuado com o passar do tempo, já tendo ocorrido algumas situações de debates, sem qualquer compreensão mútua. O próprio mandatário em exercício deixou claro que seria interessante que ambos adotassem uma postura conciliadora, a fim de solidificar o conjunto de forças para um trabalho conjunto. Olivera, entretanto, não fez ponderações sobre os conflitos registrados na noite de segunda-feira, na Sala Cultural, atendo-se à condição de partícipe, salientando que a municipalidade é parceria em todos os eventos que evidenciarem a cultura gaúcha, bem como oferecerem perspectivas de desenvolvimento local.

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