Simulação internacional de catástrofe põe órgãos e profissionais em teste

Defesa Civil de Livramento, do Rio Grande do Sul e Comitê de Emergências de Rivera realizaram simulação de desastres naturais na fronteira-oeste

Secretário de Assistência Social, Leonor Gonçalves

Ontem, durante todo o dia, o Exercício Simulado de Resposta a Grandes Desastres, realizado na fronteira-oeste, contou com apoio e participação de 1200 pessoas, que estiveram envolvidas e colaboraram para que o evento acontecesse. O objetivo do trabalho realizado em conjunto e binacional foi verificar se os órgãos dos dois países, Brasil e Uruguai, estão preparados para uma possível ocorrência real, visto que em uma simulação poderá haver erros e correções, e em uma ação real, não. Participam do evento a Defesa Civil; 7º RCMec; 2ª Bia AAAe; DPRF; CRPO-FO; 2º RPMon; 10º CRB; Samu; Secretaria Municipal da Saúde; Molvilcor; Unimed; Santa Casa; Secretaria Municipal de Assistência Social; Secretaria Municipal da Cultura; Secretaria Municipal de Obras; Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; Secretaria Municipal de Trânsito; DAE; Escola Professor Chaves; Condomínio Edifício Panorama; Rádio Amadores; AES Sul, Polícia Civil; IGP; SDR; e Comitê de Emergências de Rivera.

Capitão da Brigada Militar e Coordenador Regional da Defesa Civil, Max Geraldo Meinke

Nas simulações, foram criadas duas situações hipotéticas de catástrofe: uma foi extrema tempestade, com ventos acima de 120 Km/h, acompanhados de raios, precipitação pluviométrica e granizo, causando os seguintes danos: destelhamento da Escola Professor Chaves; destelhamento de Escola nº 9, em Rivera; incêndio no horto florestal de Rivera; incêndio e desabamento parcial do Edifício Panorama. A outra foi o destelhamento de centenas de casa nas duas cidades e quedas de postes transmissores de energia elétrica, também nas duas cidades.

Para o Cap. Max Geraldo Meinke, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o simulado tem dois aspectos básicos. “O primeiro é a preparação da comunidade para que, na eventualidade do desastre, saiba se defender e possa fazer a sua evacuação por meios próprios. O outro aspecto é o treinamento das equipes dos governos estadual e municipal, que vão atender esse desastre”, explicou. “Essa é uma região onde pode acontecer incidência de ventanias e raios, e os órgãos e a população precisa saber do risco efetivo, e estar preparados para o desastre. Os órgãos precisam desse tipo de treinamento, as instituições precisam estar preparadas em uma situação de caos”, observou.

Nelsa Teixeira

Segundo o secretário de Assistência Social, Leonor Gonçalves, “um trabalho como este é muito importante para o município, pois faz com que os órgãos se preparem e saibam agir no momento certo, em favor de seu povo. Eu desloquei as psicólogas para o local da evacuação, onde cada pessoa que necessitar de atendimento irá preencher uma ficha cadastral e, caso haja necessidade de atendimento, será feito o atendimento. E aquele que precisar ser levado para o abrigo será levado”, salientou.

O Prefeito Glauber Lima acredita que o exercício simulado é muito importante. “É uma ação estratégica, de prevenção de sinistro. Realizar uma ação simulada e integrada Brasil e Uruguai nos coloca em condição organizativa. É fundamental e muito importante as forças de segurança estarem integradas e preparadas para dar uma resposta imediata à sociedade. Esta é uma ação internacional, e a primeira realizada na América latina, com a integração de dois países. As instituições que estão aqui, hoje, estão de parabéns”, declarou.

Soldado Ubiratam

O soldado Ubiratam acredita que o exercício simulado é importante para testar o trabalho em equipe dos órgãos envolvidos. “Em uma real emergência, saberemos como atuar em equipe”, avaliou. Segundo dona Nelsa Teixeira, de 42 anos, “os simulados conscientizam mais a população quanto aos perigos que podem acontecer, fazendo com que a comunidade se prepare e treine para fazer a sua própria evacuação, assim que perceber os sinais de desastres naturais. A população pode, e deve, evitar ser surpreendida”, ressaltou.

Durante o treinamento, carros de som alertaram a população para a ocorrência de um desastre. Em seguida, as equipes dos bombeiros e das ambulâncias conduziram a população através de rotas de fuga previamente estabelecidas e encaminharam os moradores para o ponto de encontro. Nesse local, as famílias foram cadastradas e direcionadas para o abrigo da região, e os machucados tiveram atendimento no local e em hospitais das proximidades.

Intendente Marne, Prefeito Glauber Lima e o Chefe do Regimento, Gonzalo Contreras

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