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Policiais federais continuam mobilizados

Posted By redacao On 31 de agosto de 2013 @ 13:11 In Geral | No Comments

O chamado SOS Polícia Federal é um movimento criado por Agentes, Escrivães e Papiloscopistas, capitaneados pela Federação Nacional dos Policiais Federais

[1]Na noite da última segunda-feira, 26, ocorreu mais uma reunião entre os dirigentes sindicais da Federação Nacional dos Policiais Federais – FENAPEF e os representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG e Ministério da Justiça – MJ. Essa agenda foi a continuidade de uma negociação que se arrasta desde 2009, conforme a categoria dos Policiais Federais, na busca pela recomposição inflacionária dos subsídios dos agentes, escrivães e papiloscopistas, assim como o reconhecimento das atribuições de nível superior exercidas na última década e já mapeadas pela própria Polícia Federal.

Naquela oportunidade, os dirigentes sindicais foram surpreendidos por uma pauta estranha às negociações, que até então apresentavam uma relativa evolução nas últimas semanas. O secretário Sérgio Mendonça, do MPOG, abriu a reunião com uma exposição de motivos, baseada nos documentos enviados pelo Diretor-Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, conforme mensagem eletrônica enviada aos servidores justamente no dia da reunião.

Segundo a FENAPEF, não bastasse a omissão da Direção-Geral em todas as agendas que têm buscado a valorização dos policiais agentes, escrivães e papiloscopistas na última década, causou surpresa e indignação aos dirigentes sindicais o atropelo político causado pela intromissão de Leandro Daiello na mesa de negociação em andamento junto aos órgãos ministeriais.

Os técnicos do MPOG, mais uma vez, declararam aos dirigentes sindicais que reconheceram a necessidade de readequar as atribuições dos policiais federais, mas disseram, em tom de lamentação, que existem forças políticas externas que afetaram o regular andamento das negociações.

Segundo a FENAPEF, o que a Sociedade precisa saber é que os policiais federais não buscam aumentos salariais, e hoje travam duas guerras: uma interna, por valorização nos mesmos patamares das demais categorias de nível superior, e outra externa, por sobrevivência contra o sucateamento promovido pelo Governo Federal nos últimos anos.

De acordo com dados oficiais do Ministério do Planejamento, segundo pesquisa realizada pela FENAPEF, mais de 250 agentes federais deixam a PF anualmente, em busca de carreiras mais valorizadas pelo governo. E segundo outra pesquisa realizada na base de servidores, mais de 85% dos policiais federais se sentem infelizes no trabalho, e 30% já se submetem a algum tipo de tratamento psiquiátrico ou psicológico, por conta de um ambiente de trabalho com impactos negativos na saúde dos servidores.

Entrevista com o presidente do SINPEF/RS:

Qual a importância da PF para sociedade?

Diante da crescente criminalidade inter-regional e, principalmente, frente à necessidade imposta pela sociedade de combater-se a corrupção e os desvios de verbas públicas, a Polícia Federal deve alcançar, cada vez mais, lugar de destaque no combate aos delitos que exijam repressão uniforme em todo o Brasil.

Por que o atual governo está sendo acusado de comprometer as investigações da PF?

Não se trata de uma acusação, mas de uma simples constatação. O Governo compromete quando alija as ações de combate ao desvio de verbas públicas, passando a priorizar, por exemplo, o combate ao tráfico de drogas e ao contrabando de mercadorias. Quando impõe o congelamento dos salários dos Agentes Policiais há mais de 06 anos. Quando deixa de contratar servidores administrativos, através de concurso público, forçando o deslocamento de servidores policiais para áreas de caráter eminentemente administrativo, entre outras situações que entravam a máquina policial, a pretexto de bem geri-la.

Quantos policiais federais há no Brasil e no Rio Grande do Sul, e qual a necessidade de efetivo?

O Brasil possui, atualmente, 12 mil policiais federais na ativa, dos quais 700 estão lotados no Rio Grande do Sul, divididos entre 13 delegacias descentralizadas e a Superintendência Regional localizada na Capital, que contempla a maior parte desses profissionais. A defasagem de capital humano na Polícia Federal é situação antiga, havendo, atualmente, um déficit de pelo menos 50% nos quadros de Agentes de Polícia Federal, principalmente nas áreas de fronteira. Apesar da população brasileira ter crescido nas 03 últimas décadas, além de substancial aumento do PIB, o efetivo da instituição permanece aproximadamente o mesmo desde 1983.

O que significa o movimento S.O.S. PF?

O chamado SOS polícia federal é um movimento criado pelos próprios policiais federais, em agosto de 2012, quando os Agentes, Escrivães e Papiloscopistas Policiais Federais, capitaneados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) e os 27 Sindicatos Estaduais da categoria, resolveram externar à sociedade a precariedade de condições de trabalho enfrentada pelos Agentes Federais, contrapondo à falsa aparência de sucesso apresentada pela Administração do órgão e do próprio Governo Federal.

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