Leite adulterado: você lembra?

Consumidores ainda temem adulteração, mas não deixam de consumir laticínio

Marcas envolvidas na fraude, como a Tirol, após laudo técnico do Ministério da Agricultura, estão voltando ao comércio

Três meses após as denúncias de adulteração no leite contra empresas do Estado, suspeitas de contaminação, resultando na retirada de lotes de leite do mercado e a população em alerta, inclusive, devolvendo produtos, a reportagem foi em busca da memória dos santanenses, para saber se o café da manhã e o lanche dessas pessoas foi modificado após o escândalo, ou se outras medidas de segurança foram tomadas.

Santanenses estão optando por marcas da região como forma de se sentirem mais seguros

Em relação às marcas disponíveis para compra, o gerente de um supermercado da cidade falou que algumas, envolvidas na fraude, não estão mais sendo vendidas pela empresa. Outras, após emissão de laudos do Ministério da Agricultura, comprovando a qualidade e a regularização desses produtos, voltaram às prateleiras do estabelecimento.

Quando a adulteração foi descoberta, houve intenso movimento de clientes procurando realizar a troca das caixas de leite compradas. “Mesmo as caixas de leite com lotes que não faziam parte do material comprometido, foram substituídas por outra marca, e as devoluções enviadas ao fabricante”, afirmou Camilo Leonel da Silva.

Atualmente, segundo o gerente, o comércio do laticínio está normalizado, com vendas satisfatórias e segurança garantida. “Outras marcas passaram a ser procuradas pelos clientes”, completou o gerente.

De acordo com Elisângela Furtado, fiscal sanitária da Vigilância Sanitária local, o órgão não possui informações oficiais relacionadas à comercialização das marcas de leite que foram suspeitas de fraude. A última informação, segundo ela, é de que as marcas que estavam com a comercialização de leite proibida, continuam nessa situação.

Santanenses desconfiados 

Apesar da maioria dos santanenses não lembrar quais marcas estavam envolvidas na suspeita de adulteração do leite, a preocupação foi uma constante nos depoimentos, embora o consumo do alimento não tenha sido afetado por parte dos consumidores. 

“Não temos muito o que fazer. Lembro das marcas, mas acredito que não tem jeito, não podemos garantir o sistema, temos que comprar. O único cuidado que estou tendo é de guardar a nota fiscal de compra, verificando validade e o lote, pois se eu perceber alguma coisa diferente, imediatamente procuro a substituição do produto”, Rose Mendonça, 51 anos. 

 

 

 

“Não lembro muito das marcas, como tenho dois filhos e me preocupo com a saúde deles, tenho comprado leite de distribuidoras locais”, Cleber dos Santos Vargas, 28 anos 

 

 

 

 

 

“Agora eu compro outra marca, que não estava envolvida nessa polêmica. Percebo que muitas pessoas procuram e preferem marcas que não foram envolvidas em escândalos”,
Susy Magali Bastos Valente, 49 anos

 

 

 

“Lembro de algumas marcas, mas não todas. Inclusive de outras que foram envolvidas em escândalos desse tipo anos antes. Como forma de prevenção, tenho procurado comprar leite de marcas locais”,
Humberto Menezes da Trindade, 48 anos

 

 

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