Conselho de Psicologia promove encontro e faz levantamento do Sistema Prisional

Foram verificadas as condições de trabalho e as modificações propostas no ano passado, quando também ocorreu este tipo de atividade na cidade

O II Encontro foi realizado no Verde Plaza Hotel

O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul promoveu, na sexta-feira (5), em Sant’Ana do Livramento, o II Encontro de Psicologia e Sistema Prisional, em evento aberto à comunidade, no Verde Plaza Hotel. O encontro teve como proposta o debate sobre as condições de trabalho dos profissionais que atuam nos presídios da Região, com a participação de profissionais, que de uma forma ou de outra, estão inseridos neste contexto do Sistema Prisional de Livramento, e no âmbito da 6ª Região Penitenciária da Susepe – Superintendência dos Serviços Penitenciários do RS.

Conforme Maria de Fátima Fischer, conselheira e presidente do Grupo de Trabalho de Psicólogos do Sistema Prisional, antes do evento de sexta-feira, o conselho também esteve reunido com os psicólogos que atuam na região, e na quinta-feira (4) realizou uma visitação à Penitenciária Estadual de Segurança Média de Livramento, onde foram verificadas as condições de trabalho e as modificações propostas no ano passado, quando também ocorreu este tipo de atividade na cidade. Naquela época, o encontro promovido pelo Grupo de Trabalho de Psicólogos do Sistema Prisional gerou a Carta da 6ª Delegacia Penitenciária Regional. “O objetivo desta edição é atualizar a discussão e avaliar os avanços conquistados neste período”.

Durante entrevista, a conselheira falou sobre a visitação à penitenciária e suas impressões do sistema em Livramento: 

Entrevista

Conselheiros Maria de Fátima Fischer e Pedro Pacheco, durante programa na RCC FM

A Plateia: Quais os objetivos práticos desta atividade na cidade?
Conselheira: Estamos na região para conversar com todos os psicólogos da 6ª Regional, para saber e avaliar como está o trabalho cotidiano dos profissionais, especialmente no que se refere ao acompanhamento, tratamento e avaliação dos presos. Ontem (quinta-feira), fomos à Penitenciária Estadual de Livramento, a qual também visitamos no ano passado, para poder, com maior apropriação da realidade do nosso colega profissional, trabalhar, na sexta-feira. Tudo sob a perspectiva de melhora no trabalho do psicólogo e, consequentemente, do serviço aos apenados.

A Plateia: Quais foram as suas impressões a respeito da penitenciária local?
Conselheira: Esta prisão não é muito diferente das demais do Estado, diferenciando um pouco com relação à lotação. Mas as condições físicas e de reabilitação dos apenados ainda são bastante pequenas, insuficientes para que realmente possa ocorrer.

A Plateia: Quais as principais dificuldades que o conselho vem encontrando nas regiões visitadas?
Conselheira: O que a gente percebe, em um primeiro momento, é o grau de institucionalização e de sofrimento que os trabalhadores enfrentam nas casas prisionais. Quando este profissional entra, tem muita competência, uma vontade enorme para atuar, mas a lógica institucional das cadeias inviabiliza o seu trabalho. Quero dizer, por extensão, que isso certamente incide no tipo de cuidado e atendimento ao preso, também. Construímos as nossas diretrizes de trabalho também com as questões regionais. Então, a gente gostaria muito de poder contar com todos para, ao fim do encontro, traçar algumas diretrizes que serão compartilhadas com os demais psicólogos do Sistema Prisional, em todo o Estado.

 

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