Feriado ou fim de semana, uma bela desculpa para o tradicional churrasco

Estabelecimentos chegam a prospectar venda superior aos 2 mil quilos de carne em dois dias

O Dia do Trabalho é sinônimo de confraternização, seja no âmbito de trabalho, ou em casa, e o prato principal desta tradicional comemoração é o famoso churrasco. Mas quanto custa ao bolso do trabalhador saborear esta peculiaridade da Fronteira?

Em busca dessa resposta, o jornal A Plateia procurou alguns estabelecimentos comerciais para saber, em média, quanto custa para o consumidor fazer um bom churrasco em casa e quais as porções indicadas para que a carne não falte e nem sobre.

 Churrasqueiro 

O churrasqueiro Mário Guedes, de 55 anos, trabalha no ramo há 11 anos

Conforme o churrasqueiro Mário Guedes, de 55 anos, que trabalha no ramo há 11 anos, na churrascaria Coisa Nossa, o cálculo para um bom churrasco é bastante simples e ajuda na hora de evitar sobras e desperdício de dinheiro. “Por pessoa, a porção ideal é de 600 gramas, em geral, de carne, seja linguiça ou outro tipo usado no churrasco. Para um grupo de cinco pessoas, por exemplo, 3,5 kg dão tranquilamente, e com isso vamos gastar, em média, duas bolsas de carvão para assar a carne”, destacou Mário.

Quanto ao tempo de preparo e às carnes mais procuradas, o churrasqueiro foi ainda mais preciso, e elencou a costela, vazio e a picanha como as mais procuradas pelo consumidor, seja no restaurante ou no churrasco caseiro. “Esses são os três cortes mais procurados e cada um tem um tempo de preparo adequado. Ou seja, para que a costela fique no ponto, em uma churrasqueira boa, leva-se em média 20 minutos, já no caso do vazio, esse tempo aumenta para 40 ou 50 minutos”.

Como um consumidor, Mário Guedes destacou que a escolha da carne também é fundamental, sendo que a mais comum para o churrasco do fim de semana, ou nos feriados, como no caso do 1º de Maio, é a costela. “Normalmente, se escolhe a costela do tipo janela, e nunca do tipo ponta de costela. Também vai muito da comparação do osso. Ou seja, se pede osso fino, que é de animais novos, e para quem é mais exigente, com dois dedos de carne, para que ela gire perfeitamente, no caso se alguém utilizar uma churrasqueira profissional”.

Com seus 11 anos de experiência em churrascaria, Mário Guedes preferiu não revelar todos os segredos que adquiriu nestas décadas, mas recomenda que, quanto ao tempero, nada é melhor do que utilizar apenas o sal médio. “Costumo salgar a carne na hora, e com sal médio. Fica muito bom, eu garanto”, revelou. 

Açougues 

O empresário Roberto Cal

Apenas para dar uma ideia ao consumidor de quanto está custando alguns cortes de carnes, a reportagem procurou açougues no lado brasileiro e também no lado uruguaio da Fronteira, já que os moradores de Livramento e Rivera têm esta opção de livre compra, nos dois países.

Como primeiro exemplo, a tomada de preço ocorreu quase na periferia da cidade, no lado brasileiro, sendo que os preços encontrados para o quilo de cada corte foram: costela – R$ 10,50; vazio – R$ 12,50; picanha – R$ 16,50 e linguiça – R$ 9,80.

Já na região central da cidade e no lado vizinho da Fronteira, os preços variam bastante, conforme segue o quilo: costela – R$ 12,50; vazio – R$ 17,00; picanha – R$ 22,00; linguiça – R$ 14,00 e até mesmo a carne de cordeiro, com média de R$ 14,00 o quilo.

Para completar o investimento, também foi pesquisado o preço da bolsa de carvão, crucial para o assado, e novamente verificou-se uma variação entre periferia e região central, de R$ 3,50 a R$ 4,50, dependendo muito da marca do produto e apresentação. 

Proprietários 

Gustavo Lotito prospecta vender cerca de 2 mil quilos de carne

Assim como o consumidor se prepara para elaborar o churrasco, da mesma forma os proprietários também reforçam os estoques de carnes para suprir a necessidade dos feriados ou fins de semana.

Para este 1º de Maio, Dia do Trabalho, os estabelecimentos fazem uma prospecção de vendas, como no caso do empresário Roberto Cal, que possui açougue na Avenida Saldanha da Gama, nas proximidades da Praça Artigas. “Somente para o feriado, esperamos vender mais de 300 kg de carne”. Cal também destacou que os mais procurados pela clientela, naquela região, são a costela, vazio e linguiça.

No outro lado da Fronteira, Gustavo Lotito prospecta vender cerca de 2 mil quilos de carne, somando a véspera com esta quarta-feira. “O feriado do Dia do Trabalho é um dos mais movimentados”. Ele destacou que os cortes preferidos são realmente a linguiça, vazio, costela e a carne de cordeiro.

 

 

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