Câmara registra uma segunda “pesada”

Clima lúgubre toma conta de sessão no Legislativo e diversos vereadores abrem mão das manifestações em tribuna durante o Grande Expediente, registrando comoção e indignação

Diferente da semana passada, clima ontem, na Câmara, estava pesado

Uma sessão “pesada”. Assim pode ser definido o encontro ordinário dos vereadores, na manhã de ontem. Comoção em função de vários falecimentos de pessoas queridas da comunidade, associados ao problema de falta de atendimento na área da Saúde – que vitimou um cidadão – acrescido da surpresa pelo fato do homicida dos seis taxistas ser um jovem de 21 anos, santanense, entre outras questões, talvez tenham sido os motivos para fazer pairar sobre a Câmara de Vereadores uma invisível nuvem carregada.

Os comentários nos bastidores do Legislativo evocavam tristezas, assuntos pertinentes a fatos recentemente ocorridos.

A primeira parte da sessão legislativa marcou a praxe, com a apresentação de pedidos de providências, pedidos de informações, votos de aplauso, votos de profundo pesar, leitura de comunicações recebidas pelo Legislativo, bem como algumas matérias legais para serem apreciadas tramitando nas comissões permanentes a partir de hoje.

Passando a presidência para Lídio Mendes, o Melado (PTB), Dagberto Reis foi o primeiro a usar a tribuna no Grande Expediente. O clima carregado foi perceptível na abordagem que Reis fez sobre um dos temas mais preocupantes da realidade santanense na atualidade: os atendimentos na área de saúde, sobretudo de urgência e emergência.

“A ambulância da SAMU está sem condições de trafegar, mas isso não pode significar morte para as pessoas. Por isso, acabo sendo taxado de radical quando falo sobre alguns indivíduos da classe médica. As coisas estão muito alteradas, por isso defendo que a prefeitura municipal deve encampar o pronto-socorro e também o serviço da SAMU, disponibilizando, inclusive, outra viatura” – disse Dagberto Reis. E, dirigindo-se a seu colega de bancada, Aquiles Pires, bradou: “Por tudo isso, meu colega vereador Aquiles, estamos juntos nessa luta pelo hospital 100% SUS”. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Silvio Madruga, esteve na sessão. A seguir, foram colocados em votação os pedidos de votos de aplauso e de profundo pesar, tendo sido aprovados por unanimidade dos vereadores. As demais matérias foram despachadas para as comissões realizarem suas respectivas avaliações.

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