Relatos de convivência

Amigos e conhecidos de Luan falam a respeito de sua personalidade:

Rafael das Trevas, amigo, contou como era seu relacionamento com Luan.

A Plateia: Qual a sua proximidade com Luan?
Rafael: O Luan era um dos meus melhores amigos. Nos falávamos sempre pelo facebook.
A Plateia: Desde quando vocês se conheciam?
Rafael: Conheci ele quando ele estava no quartel, com meu irmão, em 2010.
A Plateia: Ele chegou a frequentar a sua casa?
Rafael: Sim.
A Plateia: Como ele era como pessoa?
Rafael: Ele era bem agitado, estava sempre brincando, rindo, fazendo palhaçadas.
A Plateia: Ele demonstrava ter comportamento agressivo? Tinha temperamento forte?
Rafael: Ele sempre foi explosivo. Adorava se meter em confusão, tomar as dores dos outros, gostava de adrenalina.

Iágara Krug Pereira, amiga

A Plateia: Você era muito amiga do Luan?
Iágara: Amiga íntima não, era mais de festas. Sempre combinávamos de sair entre amigos. Meu vínculo com ele nunca foi grande, mas não consigo imaginá-lo como um assassino, tão sangue frio. É inacreditável, só me vem na cabeça aquele Luan simpático, sorridente, sem muitas preocupações… Sempre de bem com a vida.

A Plateia: Como era a personalidade dele?
Iágara: Ele sempre foi muito querido, atencioso, preocupado com os amigos.

A Plateia: Ele tinha reações agressivas?
Iágara: Ele nunca demonstrou agressividade, era um cara tranquilo, simpático. Em uma saída de festa, inclusive, ele me ofereceu carona, porque não queria que eu pegasse táxi na madrugada. Mas já era tarde e eu já havia ligado para a central.

A Plateia: Você o encontrava com frequência?
Iágara: Ultimamente, não, pois eu estou morando em Caxias do Sul, e ele morava em Porto Alegre. A última vez que fui a Livramento, no ano passado, eu o vi, nos abraçamos e ele me disse que quando eu quisesse ir à capital, era bem-vinda para fazermos festas e passear. Depois disso, só tivemos contato pela internet.

A Plateia: Como você se sentiu ao saber que um amigo seu era o autor do crime?
Iágara: Estou completamente triste e jamais me passou pela cabeça o envolvimento dele no caso. Ao ligar o computador, hoje (ontem), e ver as notícias, eu jurava que era uma brincadeira de mau gosto, montagem… Mas se ele confessou, o que posso dizer?

A Plateia: Você tinha conhecimento sobre possíveis problemas pelos quais ele poderia estar passando, algo que pudesse explicar a atitude dele?
Iágara: Não, estou completamente surpresa com isso. Jamais esperei uma atitude dessas da parte dele, não sei o que o levou a fazer isso.

A Plateia: Como amiga, se você pudesse dizer algo para ele, o que seria?
Iágara: Que não entendo o porquê disso, o que o levou a fazer isso, já que sempre foi um cara que aparentemente esteva de bem com a vida, cheio de amigos. Seja quais os problemas que o levaram a fazer isso, não justificam, nem tem volta, ele sempre teve muita gente com ele para ajudá-lo, apoiar no que fosse preciso… Ele simplesmente deixou a todos sem reação, seja amigos mais próximos ou conhecidos mais distantes… Eu lamento que um jovem cheio de vida tenha feito tais coisas.

Ex-professora

A ex-professora de Luan (que preferiu não se identificar) contou como ele era dentro da sala de aula:

“Ele era um adolescente bem conhecido na escola” 

A Plateia: Como ele se comportava como aluno? 
Professora: Não era um aluno exemplar, mas era tranquilo, nunca se mostrou violento. Era preguiçoso, mas não violento.

A Plateia: Como era o relacionamento dele com os colegas e professores? 
Professora: Ele nunca demonstrou nenhuma atitude violenta, tinha bom relacionamento com professores, e entre os colegas era popular, carismático, sempre simpático com todos. Ele terminou os estudos na EJA, pois entrou para o exército.

Colega do Professor Chaves

Uma das meninas que foi colega de Luan na Escola Professor Chaves, e que também preferiu não se identificar, falou sobre outro traço da personalidade do acusado: “Lembro que na escola ele vivia aprontando. Comprava coisas e não pagava… Gostava sempre de andar bem vestido. Mas foi uma surpresa muito grande saber esse crime, não acreditei que fosse ele”, contou.

“Poderia pensar em qualquer um, menos no Luan”

Sem querer se identificar, outro amigo de Luan contou como o jovem costumava se comportar enquanto ainda morava na cidade: “Em geral, ele era calmo, mas, às vezes, se metia em briga nas festas, mas sempre o considerei uma pessoa normal. Poderia pensar que várias outras pessoas poderiam ter feito isso, menos ele”, afirmou. Sobre a aparência, ele afirmou que Luan estava sempre bem vestido, e que a última vez em que o encontrou, ele vestia um terno, gravata e uma pasta. “Ele era sempre muito extrovertido, conversava com todo mundo, era conhecido por muitas pessoas em Livramento”, completou.

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1 Comentário

  1. santa lucia

    Esse rapaz é um psicopata! Não tem sentimentos!! Nasci em Livramento, e sempre foi uma cidade tranquila, de pessoas tranquilas, me surpreendeu esse crime, pois qdo se trata de cidade grande é comum, mas o que leva um jovem matar assim…..sem comentários. Moro em BH, mas não esqueço minhas raízes. ( Livramento)

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