Rota do tráfico de drogas de Porto Alegre para Livramento pode ser o motivo das mortes

Fontes informam que, possivelmente, os crimes tenham sido encomendados por quadrilha de fora da cidade, mas que os executores seriam da cidade ou região

O triplo homicídio ocorrido na Fronteira está instigando desde o mais novo ao mais antigo dos investigadores das forças policiais. Atuando em conjunto para desvendar o crime o mais rápido possível, a força policial tenta apontar uma linha investigativa sólida, que tenha dados baseados em provas concretas, para apontar os autores e, principalmente, o motivo de tais mortes.

Várias pistas estão sendo apuradas, e a Polícia Civil ainda aguarda o resultado de laudos periciais para apontar o horário exato das mortes, por exemplo. 

VEJA O QUE A REPORTAGEM APUROU, NA ÚLTIMA SEMANA, COM FONTES DIVERSAS:

Ainda não foi possível fazer a ligação entre as vítimas. Apenas se sabe que duas delas tinham passagem policial e uma estava sendo investigada por envolvimento com o tráfico de drogas.

Possivelmente, o executor teria agido com outra, ou mais duas, pessoas, as quais puxavam os táxis e ajudavam na desova dos corpos, que não foram executados nos locais onde foram encontrados. As fontes chamam a atenção para a posição das pernas cruzadas e das roupas arriadas, como se alguém tivesse os carregado ou arrastado por alguns metros.

O primeiro a ser executado, provavelmente, foi Helio Beltrão do Espírito Santo Pinto, de 46 anos. O segundo, Márcio Fabiano Magalhães Oliveira, de 33 anos, e, por último, Enio Rolim Lecina, 56 anos.

O crime teria sido encomendado por alguém de fora da cidade, porém a execução e o planejamento teriam sido orquestrados por um grupo local, ou da região, uma vez que demonstraram conhecer bem os locais das desovas dos corpos e veículos.

O motivo aponta para o tráfico de drogas, cuja rota é região metropolitana do Estado, para Livramento e Rivera, no Uruguai. A droga, inclusive, serve como moeda de troca por armas, que seguem para a região metropolitana, no chamado contrabando formiguinha, de calibres como 9mm e 357. O tráfico é realizado via ônibus intermunicipais, e como “mulas”, as quadrilhas utilizam mulheres grávidas ou com crianças de colo, para não chamar a atenção.

A Polícia confirmou que cada vítima levou dois tiros na região temporal da cabeça, da mesma forma como foram executados os três taxistas em Porto Alegre, dando a entender que os autores teriam sido os mesmos.

O calibre da arma utilizada (.22) é pouco comum entre os chamados “matadores”, mas é uma arma barata e facilmente descartável. Desta forma, as fontes acreditam que o executor tenha planejado, nos mínimos detalhes, os crimes.

O executor ainda teria deixado recados, como a jaqueta de uma das vítimas, encontrada no carro de outra, sinalizando ou fazendo parecer que seria a mesma pessoa que cometeu os crimes.

Até o momento, a maioria das pistas leva a crer que o estopim do triplo homicídio teria sido a morte de um traficante, no lado uruguaio, conhecido pela alcunha de Fogão.

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