André Padilha agradece apoio da Unimed dentro das quadras nos últimos anos

André Padilha com Joni Aranda

Conhecido por ter obtido excelentes resultados nos últimos anos, em Livramento, e até fora da esfera do estado gaúcho, o jovem santanense André Padilha, 19 anos, está trocando definitivamente as quadras de tênis pelas salas de aula da Universidade Federal, em Santa Maria.

O tenista André Padilha em São Paulo, à esquerda de Jaime Oncins (c)

Aluno do 3º semestre do curso de Zootecnia, Padilha recebeu o primeiro empurrão a partir dos nove anos, dos pais e dos avós – também apaixonados pelo esporte –, quando começou a treinar nas quadras do Livramento Tênis Clube e Clube Campestre.

Para obter êxito em diversas oportunidades, o patrocínio da Unimed Região da Fronteira-RS foi fundamental para levar o nome do município até estados como Santa Catarina e São Paulo.

Ainda abalado pela perda de vários amigos e colegas do Centro de Ciências Rurais e de outros cursos, na fatídica madrugada de 27 de janeiro, ele permanece atento à recuperação das vítimas e tenta voltar à normalidade da rotina diária, na cidade universitária. Em entrevista, Padilha conta um pouco da sua história e faz um agradecimento especial aos seus apoiadores.

Confira, a seguir. 

A Plateia – Como surgiu a paixão pelo tênis e o que foi determinante para você praticar este esporte?
André - Bom, meu avô (Nilo Padilha) jogou tênis por muitos anos da vida dele, e minha mãe (Eliane Padilha) também, quando eu era bem pequeno. Via as raquetes deles espalhadas pela casa e tinha a curiosidade do esporte. A gente começou a jogar no pátio mesmo e logo depois me levaram aos clubes, tanto o Tênis Clube, quanto o Clube Campestre. Mais tarde, comecei a fazer aulas particulares com o meu primeiro treinador, Joni Aranda. Foi ele que me ensinou a maioria das coisas que eu sei sobre o esporte, e também foi ele quem me deu toda a base que precisava quando estava iniciando, com mais ou menos 9 anos de idade. Foi aí que tudo começou.

A Plateia – Quando você iniciou no tênis e quais são os profissionais que te inspiraram para buscar os resultados positivos?
André - Treinei dos 9 até os 14 anos, mais ou menos, e tive a oportunidade de treinar com o famoso Pocholo, que me ajudou bastante na parte de Preparação Física. Também na quadra treinei com o Alan Tricot, meu último preparador antes de eu ir morar em Santa Maria.
Também treinei um bom tempo com o Everaldo Charopen, do Campestre, quando consegui ganhar e disputar os maiores torneios, como por exemplo o “Grand Champions”, em São Paulo, que é um evento com os melhores juvenis de 16 anos do Brasil. Junto a isso, existe um evento com ex-profissionais que já estiveram nas primeiras posições do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Com certeza tenho muito a agradecer a todos eles, cada um contribuiu e me ajudou de várias maneiras. Acredito que 80% do que aprendi em toda minha vida de tênis foi com eles, falando em jogo, técnica, tática e preparação física.

A Plateia – O que significa representar Sant’Ana do Livramento dentro e fora do estado gaúcho?
André - Acredito que todo mundo tem um sentimento “bairrista”, principalmente o gaúcho. Normalmente, percebemos isso quando saímos da cidade, convivemos com gente de outros lugares, estados, países, etc. Sempre foi muito bom e muito prazeroso representar Livramento fora da cidade e do Estado. Ainda mais que eu sempre tive uma particularidade com os guris de outros lugares, que conviviam comigo em torneios. Em 90% das minhas viagens eu era o único santanense do evento. Era uma responsabilidade a mais, porque as pessoas que conviviam comigo, no meu clube, a própria Unimed, sabiam que a chance de um jogador do clube e da cidade ganhar o torneio era uma só – a minha chance. Então, sempre foi muito bom responder para as outras pessoas que eu sou de Sant’Ana do Livramento, localizada na fronteira do estado do Rio Grande do Sul. Outra curiosidade, até bem engraçada, era que as pessoas com quem eu convivia em torneios eram todas de outras cidades, até porque eu quase sempre viajei sozinho, como atleta de Livramento. Então, nós ficávamos fazendo brincadeiras das cidades dos outros, falando das outras cidades e tudo mais, era uma diversão.

A Plateia – Como foi o ano de 2012, em termos de resultados, tendo que dividir o tempo com a universidade ?
André - Bom, tanto 2012, quanto 2011 foram difíceis. Em 2011, tive muitos problemas de lesões e em 2012 tive que dividir o tempo dos treinos com o tempo de estudos, o que também dificulta. Mesmo assim, pude jogar torneios nesses últimos 2 anos com menor frequência, conquistando importantes resultados, somados aos outros. Em 2012 também tive a oportunidade de ganhar meu primeiro jogo em torneio profissional num Qualy de Future.

A Plateia – O apoio da família foi decisivo para superar as dificuldades?
André - O apoio da família é sempre importante. Todo atleta tem problemas, geralmente o principal é o das lesões, este me tomou conta no fim do ano de 2010 e o ano de 2011. Mas, mesmo assim, consegui superar, jogando torneios e, principalmente, ganhando, o que é mais gratificante.

A Plateia – Fale um pouco do apoio conferido pela Unimed Região da Fronteira/RS para as competições ?
André - Bom, não dá para esquecer o dia em que fui pedir patrocínio da Unimed, na sala do Dr. Dênis (presidente da cooperativa na oportunidade). Foi muito bom sair daquela sala com o apoio de uma empresa do tamanho que é a Unimed, e pelo que ela representa na cidade. Desde então, eu sabia que tinha respaldo e, com certeza, ia dar um salto muito importante para alcançar meus objetivos. Era uma responsabilidade, eu sempre me esforçava para conseguir os resultados esperados e apostados pela empresa, para que quando eu voltasse, pudesse comunicar o objetivo alcançado, que sempre foi o título dos torneios. Para todo atleta é de muita importância esse apoio, é o algo mais que muitas vezes faz a diferença, por poder participar de mais torneios, ir a eventos mais importantes.
E isso tudo gera coisas muito boas, que no meu caso foram ótimas colocações no ranking nacional, por poder jogar torneios maiores, de mais importância. Aproveito a oportunidade de agradecer a todo o pessoal da Unimed, desde o Dr. Otavio Rocha, Dr. Luis Arruda, Dr. Dênis Duarte, enfim, toda a diretoria que trabalhou durante todos esses anos do meu patrocínio, e também aos funcionários, que sempre me atenderam bem nas inúmeras vezes que fui à Unimed, tanto para entrevistas, quanto para alguma reunião, etc. Enfim, sempre me senti em casa neste ambiente.

A Plateia – E a partir de agora, qual a principal dedicação de André Padilha?
André - Eu jamais vou deixar de jogar tênis. Logicamente que, a partir deste ano, não treinarei e jogarei com a visão que eu tinha até o ano passado. No tênis, para quem não sabe, o juvenil é até os 18 anos, depois para jogar torneios só se profissionalizando. Então, agora, o foco principal é a universidade, concluir o curso de Zootecnia, e com certeza levar para sempre na minha vida tudo o que eu consegui e os objetivos alcançados durante esse período de patrocínio da Unimed. Graças à Unimed, eu consegui muitas coisas, foram muitos torneios, vários títulos. Acredito que consegui retribuir um pouco desse apoio com os resultados apresentados, que era a forma como eu podia retribuir mesmo, divulgando o nome da Unimed Região da Fronteira em vários lugares. Hoje, todo mundo sabe que eu jogo tênis, que eu sou tenista, que eu ganhei o torneio tal, que eu viajei para tal lugar. Toda a divulgação do meu trabalho nesses anos foi graças à empresa e todo o atleta sabe que é de suma importância ter o seu trabalho, o seu objetivo alcançado, conquistado, divulgado e reconhecido pelas pessoas, pois isso dá mais moral para seguir tentando melhorar os resultados. Também quero agradecer publicamente aos meus ex-treinadores e amigos, Joni Aranda, Pocholo, Everaldo Charopen, Alan Tricot, ao pessoal das diretorias do Livramento Tênis Clube e do Clube Campestre de Livramento, aos funcionários. Passei grande parte da minha vida convivendo com todas essas pessoas e, logicamente, inúmeras outras, que fizeram parte desse ano. Não dá para agradecer aqui a todo mundo, porque a lista é muito grande. Espero ter retribuído à Unimed com o meu trabalho nesses últimos anos. Um “Muito Obrigado”, novamente, a todos!

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