Grêmio vence e assume a liderança do Grupo 8

Barcos, Zé Roberto, com dois gols, Pará e Vargas foram os melhores numa noite em que quase todos tiveram boa atuação

Com três de vantagem, o time gaúcho relaxou e se permitiu ser pressionado

Foi uma noite de encantamento na Arena. Na primeira vitória de um time mandante dentro do grupo 8 da Libertadores, o Grêmio fez 4 a 1 no Caracas com uma facilidade inesperada, consolidou-se na liderança e deu à torcida o direito de sonhar com um futuro promissor na competição.

Presentes ao estádio, emissoras venezuelanas não transmitiram a partida, abaladas com a morte do presidente Hugo Chávez.

O time parecia um pouco ansioso, com seus movimentos bloqueados pela rígida marcação do Caracas.

A torcida percebeu a instabilidade e passou a incentivar. A receita funcionou. As peças se ajustaram, a partir de Pará, com impetuosas investidas pela direita, e as chances começaram a surgir. Foi do lateral direito o primeiro chute perigoso, que exigiu defesa de Baroja.

A 16 minutos, o goleiro venezuelano soltou cruzamento de Pará, confundiu-se com Werley e Barcos, com esperteza, abriu o marcador, chutando com o gol vazio.

Na comemoração, o argentino festejou ao tradicional estilo do pirata, tapando um olho, gesto imitado por todos os jogadores que estavam a seu lado.

Rompida a até então temida retranca do Caracas, o jogo virou uma festa. Dentro e fora de campo. Um minuto após o gol de Barcos, Zé Roberto cabeceou fraco e deixou de fazer o segundo. Aos 20, Vargas esquivou-se de dois marcadores dentro da área e chutou alto.

Em sua única investida, o Caracas tentou simular pênalti, numa dividida de Guerra com Barcos.

A torcida sentia que o segundo gol era questão de instantes. Só precisou esperar até 37 minutos.

Zé Roberto bateu escanteio e Werley, em salto cheio de estilo, venceu Baroja e ampliou.

A essa altura, os torcedores já improvisavam cantos, batiam palmas, abraçavam-se, tiravam a camiseta do Grêmio e a sacudiam no ar, extasiados com a qualidade reafirmada do seu time. Zé Roberto quase fez o terceiro, em passe de Vargas, e o próprio chileno teve nova chance para fazer.

No segundo tempo, as virtudes da equipe voltaram a aflorar.

Sobretudo por Barcos, que aliou técnica com impressionante dedicação. Foi dele o passe perfeito, que levantou o estádio, a 6 minutos, para Zé Roberto marcar o terceiro, com direito a drible no goleiro.

Um vacilo defensivo, do qual também participou o goleiro Dida, possibilitou que Sánchez descontasse de cabeça, a 14 minutos.

Atacado, o Grêmio passou a responder em lances longos, que encontravam espaços na defesa do Caracas.

Foi dessa forma que Elano e Zé Roberto tiveram chances de aumentar a diferença.

A 27 minutos, Pará brilhou mais uma vez pela direita, cruzou rasteiro e Zé Roberto, por trás dos marcadores, fez 4 a 1.

Uma envolvente troca de passes nos minutos finais do jogo resultou em gritos de olé, que ecoavam por todos os setores de um estádio.

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