Estudante da PUC/RJ vem ao sul estudar as cidades de fronteira

Para Lino Teixeira, Livramento e Rivera surpreendem pela sensação de serem uma única cidade

Um jovem vindo diretamente da cidade do Rio de Janeiro está realizando, no Parque Internacional, um trabalho de pesquisa para o curso de Arquitetura e Urbanismo, do qual ele cursa o 10º semestre. Lino Teixeira tem 24 anos, é estudante da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e está realizando um trabalho relacionado a cidades-gêmeas. “Aqui temos, talvez, as situações mais ricas do mundo em cidades de fronteira”, afirmou o jovem, que, na tarde da última sexta-feira, esteve no Parque Internacional para fotografar os marcos divisórios desde o início da cidade. “A pesquisa é focada nas cidades de fronteira Brasil e Uruguai, incluindo a tríplice fronteira do Brasil, Uruguai e Argentina, formada pelas cidades de Barra do Quaraí, fronteira tríplice com Bella Unión e Monte Caseros”, destacou.

Segundo Lino, esse trabalho visa o estudo dessas situações urbanas que são únicas em todo o mundo e, a partir do diagnóstico dessa pesquisa, gerar um projeto, um planejamento de intervenções urbanas nas áreas de fronteira entre países. O estudante contou à reportagem de A Plateia quais impressões teve em seu primeiro dia de visita a Livramento: “Percebi que, na verdade, Sant’Ana do Livramento é muito diferente das outras cidades de fronteira, pois o fato de ser uma fronteira seca faz toda a diferença. Por exemplo, em Quaraí, na fronteira com Artigas, as pessoas são muito próximas, o cotidiano dos dois lados está muito ligado, mas dá para sentir uma diferença até espacial entre essas duas nacionalidades. No entanto, aqui em Livramento e Rivera, que são uma fronteira seca, essa percepção de divisão não existe, tenho a sensação de estar numa única cidade tanto socialmente, culturalmente e espacialmente. Isso é o que é incrível”, explicou Lino.

Para desenvolver seu projeto, Lino disse que será necessário levar em consideração as situações locais, sendo que cada caso necessita de um planejamento diferente de acordo com a cidade, e esses projetos precisam estar ligados ao agente fronteiriço, potencializando as vivências entre as duas nacionalidades dentro da forma urbana.

 

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