Prefeito faz balanço geral do primeiro mês de governo

O prefeito municipal ressalta ações pontuais que estão sendo realizadas

Glauber Lima analisa o que foi possível realizar até aqui e anuncia terreno para construir moradias para universitários da Unipampa

O prefeito Glauber Lima (PT) fez, na sexta-feira, um balanço geral dos 31 dias de governo, confirmando que uma prestação de contas de forma mais ampla estará sendo realizada no fim de fevereiro ou início de março, já sendo articulada pelo secretário de Administração, Fabrício Peres da Silva. Durante o programa Canal Livre, da RCC FM, o mandatário – que retornou de Brasília na quinta com muita expectativa positiva, após ter passado por audiências também em Porto Alegre – foi preciso ao dizer que o governo está fluindo dentro de várias limitações. Avanços existem, em situações pontuais, o que, para um primeiro mês, está dentro do esperado, graças ao esforço concentrado. A seguir, a síntese da entrevista do mandatário, que também tratou de outros assuntos pontuais, os quais, como o projeto do Dnit para a entrada da cidade, serão temas para as edições vindouras. 

A Plateia – Prefeito, qual sua análise do primeiro mês de administração?

Glauber Lima - Dentro das limitações, é evidente que temos balanço positivo. Mas, claro, que dizer balanço positivo é um autoelogio e quem tem que fazer o balanço é a sociedade, ao longo do governo, ao fim do governo, enfim. Nós temos algumas coisas a dizer desses 30 dias. Tínhamos um valor significativo de recursos emperrados tecnicamente para o asfalto da emenda da ex-deputada Emilia Fernandes. Negociamos com a Caixa, que foi parceira, com a empresa executora, a Iccila, também parceira, e conseguimos viabilizar. Já concluíram na Conde de Porto Alegre, estão na Hugolino Andrade e são inúmeras ruas, inclusive todo o acesso ao Batuva. Também estamos liberando outro recurso que vai asfaltar a Saldanha da Gama e uma parte da Avenida Dom Pedro II. Paralelo a isso, temos realizado operações tapa-buraco, como a das proximidades do Jockey Club, na Saldanha da Gama, que estava quase intransitável e, agora, o secretário Victor Aseff também fez na Camilo Alves Gisler, a baixada do Armour, que estava um horror. Não havia como desviar dos buracos. 

A Plateia – Em relação às vias públicas e estradas rurais, qual a condição de maquinário disponível, hoje?

Glauber Lima – De fato, nós temos operando, hoje, apenas uma patrola e duas que estão em cima dos tocos, mas já determinei ao secretário de Fazenda que crie as condições para que possamos liberar as duas. Ao recuperá-las, podemos trabalhar simultaneamente no Armour e no Prado, no Wilson e no Prado, e uma outra no meio rural. Em breve espaço de tempo, vamos ter as três patrolas funcionando. Iniciamos um processo de recuperação de estradas rurais que vai ser contínuo daqui para a frente, pois acertamos a parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Rural do Estado, a SDR. Havia demanda para fazer trechos pontuais e eu disse não. Vamos fazer por inteiro. Começamos semana passada o trabalho no Tajamar e vamos até o Cerro dos Munhoz, 30 quilômetros de estradas. Depois, vamos para Pampeiro e estradas de produção, como a de São Leandro, que tem demanda e vai entrar no cronograma. À medida em que formos constituindo esse parque de máquinas, teremos condições de trabalhar em várias frentes, de forma simultânea. O pessoal da Morada da Colina, no Armour, da Floresta, do Cerro do Armour, das várias localidades do Wilson: esperem que vamos chegar. Mas, nós não queremos fazer ações pontuais. Temos trabalho no Prado, no Wilson, mas queremos fazer de conjunto no bairro. Junto a isso, vamos trabalhar na busca de recursos. 

Mandatário municipal participou do programa Canal Livre na sexta, com Henrique Bachio

A Plateia – Qual o saldo da viagem a Brasília?

Glauber Lima - Nossa ida a Brasília foi fundamental, pois conseguimos articular uma série de contatos diretamente com os técnicos, com as pessoas que recebem os projetos, fazem os encaminhamentos, esclarecem sobre as diretrizes que devem ser seguidas. Aí, a gente faz contato telefônico depois, de forma direta, sem burocracia, para acompanhar e verificar evolução. Abrimos várias relações dessa natureza, muitas mesmo, pois o problema não é falta de recursos. A presidenta Dilma anunciou muito dinheiro para saneamento básico e pavimentação asfáltica. É muito recurso. Elaborando os projetos, vamos atrás dessa captação, claro que de forma técnica. 

A Plateia – Como está a questão dos loteamentos da avenida Brasília?

Glauber Lima – Oportuno falar disso. Tenho uma notícia boa. Negociamos com a empresa que assumiu o loteamento Vila Nova, na avenida Brasília. Eles estão a toque de caixa para concluir as 218 casas. Penso que o mais tardar, se tudo correr bem, em junho, estaremos entregando aquelas residências. Já acertamos e a empresa tem interesse e o aval da Superintendência Regional da Caixa para construir a fase 2: 250 casas. O processo já está tramitando no âmbito administrativo das secretarias afins, ou seja, Planejamento e Habitação e na autarquia, o DAE. Determinei que agilizassem tudo o que for possível para viabilizar essa segunda. É possível que em junho estejamos entregando as chaves para as 218 pessoas e estaremos anunciando mais 250 casas. Da mesma forma, o loteamento Manoela. Determinei celeridade, pois está emperrado, segundo as pessoas envolvidas, há 7 anos. As pessoas já aportaram recursos e estamos buscando agilizar. E um outro empreendimento, que tem interesse em uma construção mais volumosa, além dos apartamentos previstos para o Povinho do Armour, se for viabilizado, em 2 anos serão mais de 1.000 habitações. Dois desses empreendimentos estão certos: o Manoela e o Vila Nova 2. 

A Plateia – E a iluminação pública. Está com problemas?

Glauber Lima - Eu gosto de ouvir as pessoas, na rádio, pelas redes sociais. Nós estamos, e vamos continuar, ainda por um certo tempo, com problema na questão da iluminação. Explico. Não fomos nós que fizemos esse contrato. Foi renovado em dezembro, até abril. Ele tem as seguintes condições: a empresa recebe R$ 28 mil por mês e, para reposição de lâmpadas e suportes, tem limite de até R$ 14 mil. É o que diz o contrato. Não fui eu quem impôs. Como tem uma demanda reprimida muito grande para trás, a gente lembra, foi objeto da campanha eleitoral. A cidade estava em colapso. A empresa quando chega nesse limite no mês não pode mais operar, pois não será ressarcida do a mais que for empregado. Eles aceleraram bastante. A equipe recebe e lança no sistema. Eles vão e fazem. Peço a paciência das pessoas. Estou afirmando: nós vamos recuperar todos os pontos de iluminação de Livramento. Agora, infelizmente, não será no ritmo que nós gostaríamos e que as pessoas aguardam. Talvez leve mais dois meses para estabilizar. São duas equipes e um caminhão, que tem um limite operacional por mês. Mas, vamos recuperar e depois dessa recuperação, vamos assegurar a reposição. O 3968 1007 está no meu gabinete e a gurizada está se virando lá, recebe, coloca no sistema. Após o carnaval, vou chamar a empresa novamente e seguir cobrando uma agilização cada vez maior. Peço um pouco de paciência. Sei que é terrível estar com uma lâmpada queimada, é uma questão de segurança. 

Glauber Lima faz balanço positivo e reconhece as várias limitações existentes

A Plateia – Em relação ao aeroporto regional, qual a probabilidade de concretização da ideia, após a ida a Brasília?

Glauber Lima - Eu fui recebido lá no gabinete do ministro chefe da aviação civil. Voltei esperançoso, pois receberam meu documento e justificaram o fato de Livramento ter ficado de fora do plano nacional, em função da binacionalidade. Eu disse a eles que gostaríamos, vamos continuar tratando disso, mas que não é para agora, portanto, a importância de um aeroporto em Livramento, até que saia essa binacionalização, que também será bem-vinda, mas como disse, vai demorar muito se comparado a como serão os aeroportos regionais, inclusive com subsídios de passagens. O que me foi dito? Prefeito, faça um arrazoado com o máximo de detalhes possível, com o máximo de assinaturas, dos mais diversos setores possíveis, que nós vamos analisar. E, depois, vai para uma articulação na Casa Civil. Vim com a atribuição de fazer um documento detalhado já com sinalização de área. Eles disseram que dá para incluir. Quero pegar assinatura de todos: Brigada, Unipampa, da rádio, da Acil, CDL. Eles querem os documentos que teriam sido firmados com o Uruguai. Eu estou atrás disso. Acredito que não passa de um protocolo ou declaração de intenções e não acordo, pois se já está num acordo é outra coisa. Pedi prazo de 10, 15 dias, detalhado para entregar um documento e espero que possamos lograr êxito. Se estiver, como penso, em declaração de intenções, há uma longa caminhada, de vários anos até que se efetive. Estamos lutando. Podemos ganhar ou perder. Embora nenhuma derrota seja definitiva. Não foi uma reunião protocolar. Expliquei a eles que Livramento está produzindo vinhos de alta qualidade para o mundo, tem uma Unipampa, tem vários órgãos cujos servidores necessitam de deslocamento e, portanto, há demanda, especialmente pelo fato da presidente Dilma ter garantido que serão passagens subsidiadas. Falei dos turistas que aportam na cidade, há demanda. Temos 20 mil turistas por semana chegando, imagine uma parcela deles utilizando aviões. Estou empenhando tudo o que posso nesse sentido. 

A Plateia – O que Livramento pode esperar no trimestre?

Glauber Lima - Estamos com dois movimentos, um para dentro da administração, que é organizá-la e fazer o planejamento das secretarias, que é o que vai nos garantir recursos. Se não fizermos isso, posso fazer 50 mil discursos que as coisas não vão acontecer na vida real das pessoas. Paralelamente a isso, a vida não pode parar para a gente planejar. As pessoas podem esperar ações, com criatividade e esforço, como temos feito com a Secretaria de Serviços Urbanos. Não conseguimos roçar e capinar tudo o que gostaríamos, mas estamos avançando. Eu digo que depois de estabilizar, vamos manter. Para isso, vamos ter que chamar mais gente, ou contratar uma empresa ou cooperativa, seja o que for, que preste serviços de limpeza urbana, para limpar nossas praças, pois até aqui temos feito com a limitação de gente que temos hoje. As pessoas podem esperar mais, sim, gradativamente. Outro detalhe: a secretária Érika conseguiu, após um esforço enorme, fechar um convênio com os ginecologistas para que sejam oferecidas 440 consultas por mês, sendo 80 ginecológicas e o resto pré-natal. Começa a partir de segunda-feira. As pessoas estavam sem atendimento. Em um mês, conseguimos resolver isso por três meses, emergencialmente. Saí de uma audiência muito interessante com o secretário Ciro Simoni, da Saúde, marcada pelo vereador Xepa (Gilbert Gisler). Vamos ter referências: neurocirurgia, praticamente certo. O secretário foi enfático: preparem a proposta e depois do carnaval venham a Porto Alegre que nós vamos colocar a equipe técnica da Secretaria da Saúde para construir a viabilidade da referência em neurocirurgia. Isso é muito importante para a Santa Casa, para a saúde pública de Livramento. Além do que, o Xepa apresentou a demanda de uma ambulância e uma van e a nossa equipe técnica já está empenhada em preparar o projeto. O secretário disse: “Me apresentem o projeto que recursos tem e vamos aportar em Livramento”. 

A Plateia – Alguma outra demanda encaminhada?

Glauber Lima – Importante lembrar, aqueles dois terrenos na 24 de Maio, que eram da Cooperativa. Quando da interiorização do governador, o município pediu para executar um projeto ali. Nunca foi utilizado. A direção da Unipampa me procurou para que eu intermediasse um pedido de doação daquela área para eles construírem casas para os universitários. Está conseguido. Estou anunciando em primeira mão. Reuni com a Secretaria de Administração do Estado. Só tenho que formalizar alguns documentos. Ou eles vão passar para a Prefeitura, ou poderão passar direto para a Universidade. É uma conquista. Os estudantes da Unipampa vão ter moradia – evidentemente aqueles que vêm de fora. A Universidade está com o projeto pronto. Só faltava o terreno. Não falta mais.

 

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