Reunião entre Glauber e Carvalho Neto foi transferida para o dia 10 de janeiro
Prefeito eleito confirmou ontem que preferiu adiar encontro que estava marcado para hoje e quer formar comitiva
Glauber Lima, que já conversou com Tarso Genro sobre a questão, quer mobilização da comunidade para pleito na capital em janeiro
O vereador Glauber Lima confirmou ontem que não está apenas acompanhando e monitorando o pleito de um aeroporto para Livramento. Ele havia marcado uma reunião hoje, em Porto Alegre, com o diretor do Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), Roberto Barbosa de Carvalho Netto, para buscar a inclusão do município de Livramento no plano nacional que pretende a construção de aeroportos regionais, anunciado semana passada pela presidente Dilma Rousseff.
“Optamos pela transferência de data, pois quando prefeito empossado, vou conversar com o diretor, mas já oficiamos o secretario titular da Seinfra, Caleb de Oliveira. Transferimos, porque estamos envolvidos com a transição e a posse. Além disso, temos uma reunião extraordinária da Câmara de Vereadores para votar alguns projetos, no dia 28 e, em segundo lugar, muitas pessoas com as quais vamos falar não estão em Porto Alegre nesse período” – refere Glauber, salientando que a preferência é para que Livramento seja incluída na primeira fase de investimentos.
“Se considerarmos apenas o número de habitantes – deixando de lado, por exemplo, o fluxo de servidores públicos que precisam viajar para Porto Alegre constantemente – comparativamente com Santa Vitória, não há como justificar que uma cidade do porte de Livramento fique de fora e Santa Vitória do Palmar seja incluída, ganhando a construção de um aeroporto” – ressalta.
O prefeito eleito confirmou, também, que durante a manhã de ontem fez vários telefonemas, contatando os deputados federais Elvino Bohn Gass, Henrique Fontana e Marco Maia, a fim de que intercedam junto à Secretaria de Aviação Civil. “Também já entramos em contato com o gabinete do governador Tarso Genro e com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana Neto, no sentido de respaldar esse pleito que é legítimo” – afirma, salientando que não há justificativa para que Livramento fique de fora, pois todo o projeto do governo federal tem prazo de ajustes e é justamente agora, após o anúncio, que está se iniciando esse lapso de tempo.
“Queremos constituir uma caravana para mostrar a força da representatividade social de Livramento” – refere o futuro prefeito, destacando que estará convidando as forças sociais, como presidente da Câmara, vereadores, presidentes e diretores de associações representativas do empresariado, dos trabalhadores, bem como todas as demais representações que entendam tratar-se de um pleito da comunidade como um todo. “Vamos realizar entre 5 e 6 agendas, e gostaríamos que estivessem representados os integrantes do maior número de segmentos e setores possíveis. Vamos mostrar a força da cidade e pleitear” – ressalta o prefeito eleito. Glauber Lima entende que a questão de deixar Livramento para uma segunda fase é um argumento insustentável, destacando que não há justificativa plausível para que sejam realizados investimentos em aeroportos nas principais cidades ao redor, e justamente Sant’Ana do Livramento permaneça de fora.
Mobilização
O prefeito eleito manifesta o entendimento de que se faz necessária a mobilização de toda a comunidade, aproveitando o alinhamento de seu futuro governo com o Estado e a União. “Acho que é possível reverter o quadro e fazer que exista a inserção do município nesse planejamento nacional de investimentos em aeroportos regionais. Vamos a Porto Alegre pleitear isso e, ante a argumentação de que a escolha dos municípios foi feita em Brasília, vamos a Brasília. Já estamos, como disse, mantendo os contatos para a realização das articulações necessárias” – refere o futuro mandatário do Executivo municipal. Glauber Lima frisa a necessidade de que as pessoas compreendam a questão como uma prioridade para o desenvolvimento de Sant’Ana do Livramento, não uma questão pontual, de forma individualizada. Ressalta que deve ser uma bandeira de todos, de forma articulada e buscando as instâncias decisórias, independente de qual escala sejam.
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