Responsável pela Arena do Grêmio critica ausência do estádio na Copa
Para Eduardo Antonini, escolha dos estádios não foi profissional, mas sim política
Prestes a entregar um estádio que será referência no Brasil, o presidente da Grêmio Empreendimentos – responsável pela construção da Arena do Grêmio – criticou o fato de o palco não ter entrado na lista da Fifa e do Comitê Organizador Local da Copa (COL) para sediar jogos da Copa das Confederações-2013 e da Copa do Mundo-2014.
“Eu não posso explicar a ausência, mas sim a Fifa. O Brasil deu um péssimo exemplo. A Arena é o primeiro estádio entre todos esses a ficar pronto. Poderia ser usada na Copa das Confederações. Isso mostra que a escolha dos estádios não foi profissional, mas sim política”, afirmou Antonini, durante palestra ontem, no Footecon, que acontece no Rio.
Para Antonini, a nova casa gremista, que será inaugurada neste sábado, também serve como exemplo de que é possível erguer um estádio moderno com rapidez e sem precisar da verba pública.
“O Brasil poderia ter adotado um modelo diferente para a Copa. Estamos mostrando isso com a Arena do Grêmio. Perdemos a chance de desenvolver cidades para investir dinheiro em estádios”, completou, usando o testemunho de Ronaldo Fenômeno para comprovar a tese:
“O próprio Ronaldo, que é do COL e foi a todos os estádios, disse que não dá nem para compará-los com a Arena”.
A Arena do Grêmio levou pouco mais de dois anos para ficar pronta e o presidente da Grêmio Empreendimentos considera que o curto espaço de tempo se deve ao não envolvimento do poder público.
“Nossa obra é privada e não é pública. Não falo nem que teve coisa errada, mas tem uma legislação, regras, para tomar decisões. Nós temos um parceiro e o contato é direto”, finalizou.