Material explosivo que chega à cidade é rigorosamente controlado pelo Exército

Questão de ataques com explosivos a agências bancárias tem feito com que cada vez mais a comunidade tenha medo da ação de bandidos. Assalto a agência local não teve uso de explosivos, mas material é usado na cidade para outros fins

elevado número de ataques a agências bancárias com o uso de explosivos provocou a mobilização de autoridades, na busca de soluções para a questão. Somente neste ano, entre bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes, a Secretaria de Segurança já contabiliza 23 ataques com uso de artefatos explosivos. Para debater a questão, foi realizado um encontro na capital do Estado. Além de secretários, participaram policiais civis, militares e federais, integrantes de associações de bancos, sindicatos bancários, federação dos bancos e sindicatos dos vigilantes. Esse tipo de crime teve um pico entre 2007 e 2008, mas vinha diminuindo ano a ano, sendo que em 2008 foram 27 ataques com explosivos. No ano passado, foram 12, e nesse ano já houve 23 ataques. 

Agência bancaria foi atacada com maçarico no inicio do mês, um técnica antiga que despende mais tempo e até queima algumas notas

Pontos específicos 

Quatro pontos específicos são tratados nas reuniões: maior controle no manuseio de explosivos e no ingresso de explosivos nas nossas fronteiras – dentre estas atividades está a atual operação desenvolvida pelo E.B.; trabalho integrado das inteligências das Polícias dos três estados e com a PF; fortalecimento das estruturas de segurança dos bancos; e uma proposta penal com maior rigor para crimes em que não há violência contra a pessoa. 

Como fica a questão em Livramento? 

Recentemente, uma agência bancária local foi assaltada durante a madrugada, em Livramento. Apesar de não ter sido utilizado material explosivo, os bandidos agiram de forma profissional, sabendo o local certo de realizar o corte em cada um dos caixas-eletrônicos, subtraindo uma quantia em dinheiro não revelada. É fato de conhecimento geral que Livramento possui pedreiras que utilizam dinamite para detonar pequenos locais para a extração de pedras e, por todo o Estado, ocorre o deslocamento de material explosivo. Para poder esclarecer a questão, e até mesmo, tranquilizar a população em relação ao assunto, contatamos a Assessoria de Comunicação do Exército Brasileiro, em Livramento, para entender como é feito o deslocamento e fiscalização deste material explosivo que ingressa na cidade. 

Como é feito o acompanhamento pelo Exército Brasileiro do material explosivo que chega à cidade? 

A empresa terceirizada responsável por realizar a detonação comunica previamente o Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do 7º Regimento de Cavalaria Mecanizado – 7º RC Mec, sobre a data e horário da detonação. Na data e horários combinados, o militar responsável pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados, juntamente com o Chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do 7º RC Mec, desloca-se até o local e confere o material transportado e a documentação para o transporte desse material, os quais são emitidos pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 3ª Região Militar, sediada em Porto Alegre-RS. 

O local de armazenamento é vigiado e seguro para a finalidade? 

O material é armazenado e transportado em caminhão-baú e de responsabilidade da empresa terceirizada. Após a detonação, o material que não foi utilizado é conferido pela equipe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do 7º RC Mec e lançado no verso da guia de tráfego, para retornar à empresa. A Pedreira não armazena material explosivo. 

O deslocamento até o local de utilização é feito com o acompanhamento do EB? 

Apenas são informados pela empresa terceirizada os horários de saída e de chegada da carga nesta cidade, pois não há previsão para que o Exército acompanhe o deslocamento do caminhão que transporta os explosivos. 

Existe algum controle sobre a quantidade comprada e a utilizada pela empresa? 

Sim. O material é comprado de acordo com o levantamento realizado por engenheiro da empresa que necessitará dos explosivos, e a sobra de material, se for o caso, retorna para a empresa terceirizada, lançado em guia de tráfego, conforme citado acima. 

Quais outras considerações seriam importantes destacar sobre o tema? 

Cabe, mais uma vez, destacar que o Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do 7º Regimento de Cavalaria Mecanizado possui rigoroso controle sobre o transporte, armazenamento e utilização do material explosivo em Sant’Ana do Livramento, cumprindo todos os dispositivos legais vigentes.

Por Leo Silveira
leo.aplateia@hotmail.com

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