Escolha bem, com responsabilidade

Talvez fosse mais adequado falar sobre as eleições na coluna da próxima semana, 4 de outubro, véspera do pleito de domingo, dia 7.
Decidi antecipar a reflexão depois de assistir ao programa eleitoral destinado aos candidatos a vereador.
Para fazer mais um alerta aos eleitores: votem no prefeito e naqueles que vão fazer parte das Câmaras Municipais com responsabilidade e consciência.
Há ainda mais de uma semana para que cada um de nós analise com profundidade quem são, o que pensam e o que dizem os candidatos.
Deixe de lado, é claro, os bizarros e as bizarrices. Não é mais tempo de votar num candidato ridículo, como forma de protesto. Vai longe o tempo dos “Cacarecos”.
Explico para os mais jovens.
Cacareco era o nome de um rinoceronte do Zoológico da cidade de São Paulo, que recebeu uma fantástica votação para vereador, nas eleições de outubro de 1959: 95 mil votos. Não havia urna eletrônica, o eleitor escrevia o nome do seu candidato numa cédula de papel.
Diz-se que foi um jornalista, Itaboraí Martins, quem teve a ideia de lançar o nome de Cacareco, como protesto pelo baixo nível dos candidatos de então.
Não faça nada igual, caro leitor.

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O voto é uma arma poderosa demais para não ser usada ou para ser menosprezada.
De nada adianta ficarmos a lamentar os desatinos da política brasileira e simplesmente desdenhar dos políticos como um todo.
É indispensável ter presente que os homens e mulheres que estão hoje em cargos importantes, seja em que nível for – do Senado Federal às Câmaras dos municípios, além de governadores e prefeitos – todos foram escolhidos por nós, eleitores.
É verdade que muitos – competentes, trabalhadores, honestos – negam-se a ingressar em partidos políticos e participar de eleições. Há aqueles que experimentaram e desistiram.
É compreensível, mas não me parece adequado.
Então, vejamos.
Cada um de nós conhece pelo menos meia dúzia dos atuais vereadores que concorrem à reeleição. E outros tantos que concorrem pela primeira vez. Isso também vale, é claro, para os candidatos a prefeito. Quem não os conhece?
Quanto menor a comunidade, mais próximos eles são do eleitor. Não é difícil, por isso, distinguir aqueles que realizaram um bom trabalho, ou outros tantos com novas propostas interessantes.
Quanto menor for a comunidade, maiores são as possibilidades de evitar equívocos. O candidato pode ser o vizinho de rua, e o conhecemos bem.
Daí o apelo, amigo. Eleja com responsabilidade aqueles que devem, a partir da posse, no próximo ano, conduzir para o bem a administração de sua cidade.
Não importa que não lembres os nomes dos candidatos que receberam teu voto na eleição anterior. Essa é uma das más estatísticas do eleitorado brasileiro.
Acerte na escolha e, desta vez, não os esqueça.

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