Condições climáticas beneficiam plantio da safra de verão no RS

O retorno de um período de maior umidade deverá favorecer, e facilitar, o trabalho dos produtores que sofreram com a última estiagem no Estado 

O retorno da umidade deve a facilitar o trabalho dos produtores a partir de agora

Os produtores rurais gaúchos, que até pouco tempo ainda sofriam com os efeitos da estiagem, finalmente puderam comemorar o retorno das chuvas ao Estado. A previsão de uma primavera chuvosa, estação que iniciou neste sábado (22), começa a se confirmar, trazendo chuvas em volumes significativos ao Rio Grande do Sul e beneficiando o plantio dos grãos de verão. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quarta-feira (19), a área plantada com feijão da 1ª safra teve um importante impulso durante a semana, alcançando 20% do total previsto. Neste momento, são implantadas as áreas menores, semeadas nas pequenas propriedades para venda em feiras de produtores, consumo de subsistência e alguma venda do excedente.

As áreas maiores e mecanizadas serão semeadas depois do plantio do milho.

As condições climáticas permitiram um rápido avanço da semeadura de novas áreas de milho, que passou dos 20% para os 35% cultivados. Entretanto, algumas áreas que foram plantadas mais cedo acabaram sendo prejudicadas pelo déficit de umidade verificado há poucos dias, resultando em germinação desuniforme e comprometimento do stand. A disponibilidade de água no solo, resultante das recentes chuvas, e as temperaturas mais altas deverão proporcionar o rápido crescimento das plântulas. Em algumas áreas mais adiantadas, os produtores de milho já estão aplicando ureia em cobertura visando à padronização das lavouras.

Novamente, as condições do tempo foram adequadas ao desenvolvimento reprodutivo do trigo, pois a floração está ocorrendo sem muitos dias nublados e chuvosos. Já a umidade do solo está proporcionando um bom enchimento de grãos, com 30% das lavouras do Estado nessa fase. As precipitações desta semana devem promover um rápido desenvolvimento das plantas que, apesar das boas condições do tempo, estão com menor porte em relação aos anos anteriores. Mesmo assim, o estado sanitário das lavouras é considerado bom pelos técnicos da Emater/RS-Ascar e a expectativa de rendimento mantém-se acima dos 2,5 mil kg/ha. Com a reduzida oferta de trigo no mercado internacional e, sobretudo, com as projeções de que a oferta do grão pela Argentina, destinado à exportação, será de apenas 5,5 milhões de toneladas, as expectativas de preço e liquidez para safra gaúcha são positivas. O mercado tem indicado que já foram negociadas 800 mil toneladas de trigo gaúcho da safra a ser colhida para o exterior. A reduzida oferta do grão para exportar, por parte de importantes países produtores, também colabora para o cenário positivo em relação à triticultura. No mercado local, a saca de 60 kg está cotada em R$ 28,54, valor pago diretamente ao produtor.

 

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